De repente, viver é cheio de imprevistos. Na calada da noite quando a cidade dorme Em altas horas onde jovens dançam Em um momento, diversão e euforia Cada um escrevendo sua história Com flertes, paixão e fantasia. De repente, a música faz bailar os corpos queimados de sol E suas silhuetas eróticas são sombras nas paredes Produzidas pelo mesmo balanço De quem não veio só prã ficar Com quem não se sabe, vai sair Para avançar na vida e construírem juntos O que começou numa noite, num clube, Antes do amanhecer. De repente, a dose de um espírito ardente Não satisfaz mais, é preciso outra, e outra. É que não basta excitar-se por um momento, É preciso mergulhar, é preciso curtir a noite, Nas águas ardentes para quem não pôde mais dizer não O tempo passa tão depressa e ninguém percebe. De repente, o clima do desconhecido vai se desenrolando Como uma névoa que passa feito passes de mágica O espetáculo da vida feito palco, que artifício! Incendiado com fogo como quem não quer nada Jovens nos cantos se beijando e se entretendo Com a vida, uma vida que não mais avança. De repente, alguém em desespero grita "fogo" E já não há mais conversa nem dança Como um cardume denso de sardinhas Em uma coreografia que nunca se ensaiou Na vida de imprevistos ninguém espera pelo pior Há um tubarão solto e já está engolindo alguns. De repente, o pai ou a mãe acorda no seu quarto escuro Afundado numa proteção de silêncio Apenas se ouve os galos cantando como verdadeiros arautos da madrugada Aquele aperto no peito, sem motivo aparente, Lembra do filho ou da filha, Na grande choupana do divertimento E um sentimento melancólico arde no peito Desejando ver o filho ou a filha deitado no quarto ao lado. De repente, fora da caverna há por cima um funil de fogo Dentro o filho ou a filha quer correr e não consegue Vai empurrando os que estão à frente, ninguém mexe Por trás vem uma nuvem escura e um cheiro sufocantes Cada moço, cada moça, num corredor improvisado da morte Um a um vão caindo, chorando, sofrendo, partindo. De repente, amanheceu para muitos em toda a terra. Numa cidade gaúcha anoitecia de novo Tantos jovens belos e moças belíssimas Numa noite como as outras Resolveram dançar na terra. E de repente... De repente, a moça de olhos verdes não vem almoçar mais O rapaz de corpo atlético não malha mais O jovem negro, calouro, não terá sua primeira aula A menina de alegria contagiante não volta prá casa O rapaz, noivo, não subirá ao altar. Tantas esperanças, tantos romances Um a um, um por um, deixou de viver sua história. Ah! Deus dos céus, onde estavas? O Senhor é o socorro bem presente na angústia! Quantos nem notaram a Tua presença, No pensamento que recordava o apelo de Teu Evangelho. Ah! Deus dos céus, onde estavas? "No mesmo lugar, de sempre, braços estendidos Exalando Graça sem medida e abundante Mesmo onde, de repente, a vida perdeu o sentido". Ah! Deus dos céus, onde estavas? "Na terra, meu filho, no vale da sombra da morte. Com Minha mão em oferta para quem quisesse vê-la e tomá-la Chamando corações penitentes à salvação". Ah! Deus dos céus, onde estavas? "Estou aqui, meu filho, em Santa Maria Para consolar os tristes e curar os feridos Para ser pai, mãe, irmão e amigo Para confortar, mais uma vez, Cada um com o Meu Espirito".
Associaçao para Defesa da Heterossexualidade, do Casamento e Família Tradicionais, Proteção de Crianças, Adolescentes e Jovens contra o Assédio, Aliciamento, Proselitismo e abusos Sexual e Homossexual; contra o Aborto e ajuda a pessoas que desejam deixar a homossexualidade.
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terça-feira, 29 de janeiro de 2013
De Repente em Santa Maria
28/01/2013
Por Josimar Salum
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