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sábado, 29 de dezembro de 2012

SENTINELA CATÓLICO: Carta aberta ao deputado Jean Wyllys.


stalin_no_religionAo Exmo deputado Jean Wyllys.
Gostaria inicialmente de manifestar meus sinceros desejos de um feliz e santo Natal, fazendo votos para que vosso coração seja aquele pequeno estábulo a abrigar a Santa Família de Nazaré.
Infelizmente o assunto que trato com esta mensagem é algo desagradável para todos os brasileiros, sejam nativos, naturalizados ou mesmo visitantes.
É sabido que nossa nação é constituída de aproximadamente 85% de cristãos, dos quais cerca de 65% são católicos apostólicos romanos. Também sabemos que toda formação cultural de nossa nação nos foi dada pela Igreja, citando como exemplo o fato do primeiro monumento a ser erigido em nossas terras foi uma Cruz e o primeiro ato público a Santa Missa.
Assim sendo, suas declarações colocadas no Twitter, detratando, caluniando e incitando ódio à figura do líder religioso para a maioria dos brasileiros causaram-me muita preocupação os potenciais impactos negativos e destrutivos que a nação tende a receber caso atitudes como de V. Exa. tornarem-se constantes e corriqueiras.
Aristóteles nos fala, no seu livro A Política, que esta arte deve ter seus estudos iniciados apenas por homens plenamente formados na ética, uma vez que esta trata do bem individual e a outra trata do bem comum para todos os membros de uma comunidade. Portanto, as ações de um politico devem ser virtuosas primeiramente quanto indivíduo para que assim possa resplandecer, se este tiver tal virtude, para a polis. V. Exa. tem o direito, até mesmo o dever, de lutar pelos ideias que sua comunidade pleiteia. Contudo, a partir do momento que tal luta é feita mediante meios escusos, falsos e ardilosos, os quais podem ser classificados como antiéticos por deporem contra o próprio indivíduo que os usa, saímos da busca pelo bem comum da polis (política) e caímos no campo da mera agressão individual gratuita.
Ao manifestar seu descontentamento com as declarações que o Papa fez durante o seu discurso anual de para a festa de comemoração do Dia Mundial da Paz de 2013 com slogans e chavões desqualificados, dignos de folhetos de propaganda da KGB ou da Revolução Francesa, sem nenhum argumento claro e logicamente sustentado mediante evidências e documentos de fontes primárias, V. Exa. cai neste erro grave e inaceitável, no ponto de vista ético, de alguém que pretende falar em nome de outros.
Podemos tomar como evidência a recorrente acusação do papa ser um genocida em potencial. V. Exa. toma como base de argumentação um artigo de jornal (http://bit.ly/Z60Q0q) ao invés da fonte primária do texto (http://bit.ly/U6U8zU), impedindo que seu leitor a possibilidade de analisar na íntegra o discurso do Romano Pontífice. No documento de fonte primária, é possível traçar todo o contexto em que as declarações estão inseridas, incluindo os argumentos que sustentam. Também é vosso o direito refutar os argumentos de Bento XVI se isto lhe for intelectualmente possível. Entretanto, esta argumentação não deve ser por meio de técnicas erísticas de baixo nível, como argumento non sequitur e argumentos ad hominem. V. Exa. é capaz de provar, por meio de casos reais e recentes, a periculosidade para a comunidade gay das declarações do Papa Bento XVI, dentro do contexto apresentado em seu discurso? Houve na história algum morticínio generalizado de homossexuais mediante um decreto papal que seja? Quais são as evidências que o senhor tem de uma série de homicídios sistemáticos cometido por católicos, motivados por declarações do Santo Padre, que seja para conjecturar um “genocídio em potencial”?
Em sentido contrário, suas acusações à Igreja e a figura do Papa podem de fato suscitar o ódio contra os católicos no Brasil. Tal fato pode ser comprovado agora mesmo numa manifestação ofensiva que está sendo organizada no Facebook, por ocasião da visita do Papa ao Brasil no ano que vem. (http://on.fb.me/12Kyib1). É relevante o fato de que discursos semelhantes ao que o senhor fez, também no Twitter, do trecho da música “O Poeta está Vivo” de Dulce Quental/Frejat, onde se diz “Se você não pode ser forte, seja pelo menos humana: quando o papa e seu rebanho chegar, não tenha pena…”, fomenta o ódio da comunidade LGBT contra os católicos. Citemos como exemplo o que aconteceu na última Jornada Mundial da Juventude, em Madrid, quando grupos militantes LGBT “desejavam que os católicos fossem queimados vivos como em 1936 (durante a revolução comunista)”?(http://bit.ly/qddzpe). Será que é isto que V. Exa. deseja para a JMJ a ser realizada no Rio de Janeiro, estado onde consta seu domicílio eleitoral?
Ademais, é absolutamente lamentável V. Exa. propagar fatos já amplamente desmentidos como verdade. Por fins práticos e para não nos alongarmos mais que o necessário, tomemos como amostragem, dentre tantas outras falácias proferidas que facilmente podemos refutar com toneladas documentos e fatos históricos inequívocos, suas acusações referentes ao apoio da Igreja ao nazismo e a escravatura.
A Igreja jamais apoiou o nazismo, sendo Pio XI o único líder de expressão que veio a público se manifestar contra o regime de Hitler, por meio de transmissões quase diárias na Rádio Vaticana. Também o Papa Pio XII salvou entre 700 e 800 mil judeus dos campos de concentração alemães, bem como impediu a instalação de tais “fábricas de cadáveres” na Itália. Recomendo fortemente a leitura do livro “The Myth of Hitler’s Pope”, do rabino David Dalin. Não é atoa que Pio XII recebeu uma menção honrosa do rabino ortodoxo Pinchas Lapide, um dos diplomatas fundadores do Estado de Israel. (http://bit.ly/zKBbGt).
Vale também citar a célebre frase de Albert Einstein: “Apenas a Igreja Católica protestou contra a investida hitlerista à liberdade. Antes disso eu não tinha interesse pela Igreja, mas hoje sinto uma grande admiração, pois sozinhos eles tiveram a coragem de sustentar a verdade espiritual e a liberdade moral”.
Dizer que a Igreja endossava ou até mesmo apoiava a escravatura europeia é um perjúrio gravíssimo, que nem mesmo os Revolucionários Franceses tiveram coragem de usar, dado tamanho absurdo.
Em 873, o papa João VIII escreveu uma carta ao príncipe de Sardenha dizendo:
-Há uma coisa a respeito da qual desejamos admoestar-vos em tom paterno; se não vos emendardes, cometereis grande pecado, e, em vez do lucro que esperais, vereis multiplicadas as vossas desgraças. Com efeito,- por instituição dos gregos, muitos homens feitos cativos pelos pagãos são vendidos nas vossas terras e comprados por vossos cidadãos que os mantêm em servidão. Ora consta ser piedoso e santo, como convém a cristãos, que, uma vez comprados, esses escravos sejam postos em liberdade por amor a Cristo,- a quem assim proceda, a recompensa será dada não pelos homens, mas pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isto exortamo-vos e com paterno amor vos mandamos que compreis dos pagãos alguns cativos e os deixeis partir para o bem de vossas almas(Denzinger-Sch’ánmetzer, Enquirídio dos Símbolos e Definições, nº 668).
Devemos lembrar que a escravidão foi erradicada durante boa parte da Idade Média, vindo reaparecer apenas no século VIII quando os muçulmanos invasores da Península Ibérica começaram o tráfico de escravos brancos para Meca. Para maiores informações sobre o assunto, recomendo a leitura da seguinte série de artigos do professor Olavo de Carvalho:http://bit.ly/Ov50cahttp://bit.ly/NmBDDahttp://bit.ly/OJX5b0http://bit.ly/ONPEQ9,http://bit.ly/QfUvF5.
Finalizo esta missiva com um comentário relativo à vossa resposta ao twitt de @gboldrini_sep, quando este diz “A Igreja Católica é a maior instituição de caridade do mundo…”, o que é um fato inegável, e o V. Exa. Diz: “É? E a maior promotora de ódio também! Uma pena…”. A elite romana também acusavam os cristãos de disseminarem ódio e mandaram milhões de católicos para serem queimados vivos ou serem devorados por leões nas arenas do Coliseu. Também os seguidores de Maomé, mesmo após ter invadido o norte da África, saqueando e matando cristãos que ali viviam, disseram que “os cristãos são disseminadores de ódio”. Também Rubens Piérre e os revolucionários franceses disseram que “A Igreja oprimia e disseminava ódio entre o povo”, matando brutalmente em uma semana mais de 100 mil clérigos, dentre os quais freiras e frades, acabando com os quase todos os conventos de clausura da França (será que irmãs no claustro disseminam o ódio dentro da população?). Também o governo mexicano comunista da década de 20 do último século disse que “os cristãos são perigosos, pois disseminam ódio e desordem”, e mandou matar em seguida milhares de católicos mexicanos. O mesmo discurso foi difundido na Polônia, Romênia, Cuba, Espanha, União Soviética, Hungria e continua sendo ainda nos nossos dias na China, Coréia do Norte, Vietnã, Camboja e no mundo islâmico. Todos compartilhando e propagando o mesmo discurso de que “A Igreja Católica promove o ódio”, levando anualmente a morte de mais de 110 mil cristãos apenas pelo motivo de serem cristãos.
Duvido muito que o senhor queira o seu nome nos anais da história vinculados a monstros como Pol Pot, Stalin, Lênin, Fidel Castro, Mao Tse Tung, Hitler(procure a biografia de Santa Edith Stein) e outros que ostensivamente perseguiram católicos durante toda existência da Igreja. Quero acreditar apenas que V. Exa. é uma pessoa apenas mal formada eticamente, com intelecto obliterado pela propaganda comunista de caráter soviético que infelizmente infesta todo o sistema universitário brasileiro desde pelo menos os anos 70. O contrário infelizmente seria crer que sois um crápula, faminto de sangue cristão, como todos os “vampiros” supracitados. Definitivamente prefiro não pensar tal hipótese sobre sua pessoa.
Despeço-me com a certeza que minha carta será acolhida de maneira não belicosa de sua parte, colocando-me a disposição para quaisquer questionamentos sobre os pontos por mim abordados. Também gostaria de deixar aberta a possibilidade de um debate público entre nós, de maneira a mostrar a qualquer interessado que podemos debater temas delicados de maneira civilizada, sem apelar para o expediente da calúnia e difamação.
Deus o abençoe.
Sentinela Católico

10 comentários:

  1. Excelente texto de uma profundidade esclarecedora.
    Pena que muitos tem preguiça de ler e compartilhar.

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  2. Em um ponto do texto ,o autor escreveu.: "Duvido muito que o senhor queira o seu nome nos anais da história vinculados a monstros como Pol Pot, Stalin, Lênin, Fidel Castro, Mao Tse Tung, Hitler(procure a biografia de Santa Edith Stein) e outros que ostensivamente perseguiram católicos durante toda existência da Igreja. " Na minha opinião, isso é inadmissível, visto que me parece que o autor do texto esqueceu que a Igreja Católica foi a maior entidade Cristã que mais derramou sangue de inocentes no decorrer dos séculos :Quem fez as Cruzadas?Quem fundou a Inquisição? Quem condenou Galileu Galilei por se opor a Igreja na defesa da descoberta do heliocentrismo?Quem ordenou a execução do filósofo e cientista Giordano Bruno pelas chamas da Inquisição Romana no ano de 1600?Quem ordenou a Cruzada de crianças?
    Nada contra ,só estou expondo fatos raros.Parece-me que a Igreja pôs uma pedra em cima dessa história,mas é fácil removê-la.A história é testemunha, e não há testemunha melhor.
    Agora veja a história secreta da Igreja Católica com o Fascismo :http://www.overbo.com.br/vaticano-e-dono-oculto-de-imoveis-caros-em-londres/
    Era para ele também colocar nos anais da história (pelo que sei não colocou) os eclesiásticos outrora impiedosos dessa entidade .

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    1. Para um argumento deste é preciso citar mais fontes. Favor citar as fontes consultadas para fazer as afirmações acima. Não defendo posições de nenhum comentarista, apenas sou o Administrador deste blog, porém, é nossa função, deixar apenas comentários que retratem a verdade. Favor incluir demais fontes. Obrigado.

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  3. Um pouco de história.:
    " VATICANO: UMA BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA! "

    ' Nenhuma história diz tanto sobre os últimos 2000 anos deste planeta quanto a da Igreja. Pelos corredores do Vaticano passaram reis, guerras, o melhor da arte e até alguns santos.

    Era 11 de fevereiro de 1929 e faltava meia hora para o meio-dia quando um Cadillac preto estacionou na frente do Palácio de Latrão, em Roma. As portas do carro se abriram e o homem mais temido da Itália saiu. Era Benito Mussolini, chefe do regime fascista que governava o país. Dentro do palácio – o quartel-general da Cúria Romana, rosto administrativo da Igreja Católica – o papa Pio 11 e seus funcionários mais gabaritados receberam o ditador com apertos de mão.

    A conversa teve início e Mussolini logo exibiu suas cartas: queria que a Igreja reconhecesse oficialmente o regime – era uma tentativa de neutralizar o adversário Partido Popular. A Igreja também foi clara ao falar de seus objetivos. Pediu o que havia perdido, no século 19, durante o processo de unificação italiana: um Estado soberano. Por volta da 1 da tarde, Mussolini assinou o Tratado de Latrão, que conferia ao papa um território independente dentro de Roma. Em troca, a Igreja reconhecia como legítimo o governo controlado pelo duce. '
    É mole ou quer mais?!
    Fonte.:http://andreafreitas.wordpress.com/?s=hist%C3%B3ria+secreta+da+igreja+cat%C3%B3lica

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  4. Qual o endereço desse site?

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  5. Não foi só a igreja católica a única a instituir uma "santa inquisição". Martinho Lutero, protestante, perseguiu os anabatistas. Houve expulsões, encarceramentos, torturas (ferro em brasa nas bochechas ou a língua cortada) e execuções (na fogueira). João Calvino, protestante, e sua Venerável Companhia, prenderam, torturaram e até mataram. Puritanos ingleses, protestantes, assaram pessoas na fogueira por acusação de bruxaria, e os puritanos que foram para o Novo Mundo repetiram a prática, fazendo churrasquinho de muita gente.
    Tudo isso ,tudo mesmo ,em nome de um livro considerado a "palavra de Deus(?)".Pode ser mesmo a palavra de Deus?Acredito que se o Cristianismo (e outras religiões como a maometana) não existisse, não haveria tanto sacrifício ,tantos homicídios,tantas guerras "SANTAS", tantas mortes, tanto sacrifício de animais, TANTO ÓDIO CONTRA A HOMOSSEXUALIDADE.

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    1. Caro Robson, não adianta você escrever um romance aqui e não colocar as fontes com a devida credibilidade. Favor colocar as fontes, do contrario excluiremos seus comentários.

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  6. Caro Robson M. de Sousa
    Quando pedi, acima, para o senhor, Robson, buscar no google.com.br o endereço do blog/site do sentinela catolico é porque não o possuo e estou sobrecarregado pois o outro administrador teve que parar por alguns meses e me sobrecarregou na administração de três blogs. É pena não ter enxergado isto e ainda tentar apelar com palavras desabonadoras a um pastor idoso de 65 anos. Tu achas que tenho a mesma energia para gastar horas respondendo apenas aos seus comentários? Um pouco de compreensão e principalmente educação cai bem em todos os momentos. Conto com sua compreensão e apreço.

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  7. Robson M. de Oliveira4 de abril de 2013 às 11:46

    Tudo bem .Desculpe-me,mas como vem me cobrar fontes se nem mesmo você ou outra pessoa citou de que fonte procede a Sentinela Católica?Pelo que eu sei a Sentinela Católica não possui fonte aqui postada para garantir a veracidade da mesma para que eu possa dá a mesma resposta.Essa resposta não era para você era para o autor do texto.Mas deixe para lá ,esqueça o que eu fiz aqui ,farei uma busca.OK? Obrigado.

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