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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

IDENTIDADE


Aprendemos que o desenho das impressões digitais é único para cada ser humano e que isto faz parte da nossa identidade. Mas não somos apenas linhas nas pontas dos dedos, código genético ou números em estatísticas.
A humanidade busca pela própria identidade desde que a mesma foi revelada para si e percebeu o absurdo que é o mundo. Que o diga o Eclesiastes!
O pensamento existencialista (assunto amplo demais para ser tratado neste artigo) é uma tentativa humana de entender-se e entender o mundo. Basicamente, o pensamento existencialista é o ato de buscar para si as respostas das perguntas feitas a Jonas pelos marinheiros do barco que estava prestes a naufragar [Jonas 1:8] e matar a todos:
Quem somos, qual é a nossa responsabilidade, qual é a nossa missão, qual é o nosso lugar, fazemos parte de algo maior?
São perguntas difíceis, profundas, talvez até agressivas, pois surgem quando tudo parece estar fora de lugar e lembramos que vida é mais do que experimentamos agora. Mas, mesmo que todas estas perguntas fossem respondidas ainda estariam longe de nos definir, de revelar quem somos.
Nossa percepção é limitada, tendenciosa. Quando nos convencemos de que somos o que vemos, ouvimos, lemos e fazemos, percebemos que não somos mais do que os outros veem, ouvem, leem e recebem de nós.
É inacreditável, mas compreensível, como entre “quem nós somos” e “quem nós acreditamos que somos” existe muito mais dos outros do que – qualquer um – gostaria. No fim, não somos nada mais do que mostram, dizem, escrevem e fazem sobre nós.
E é certo de que isto vale para todos! Afinal, os outros podem ser para nós o que não são para si. Talvez os consideremos melhores do que são. Ou não! Talvez sejam muito melhores do que consideramos.
No fim, entre quem acreditamos que somos e quem somos de verdade, entre nós e os outros, não há nada além de mais um ser humano, falho, medíocre e incompleto. É quando nos perdemos entre o reflexo em nossos espelhos e os rótulos que recebemos dos outros que nos descobrimos almas viventes feitas de pó da terra, com fôlego emprestado.
Fôlego que devolveremos um dia e que prestaremos conta a quem o emprestou, Deus!
E quem é Deus? Deus é Deus! Nós não.
No espaço entre quem achamos que somos e o que os outros acham que somos, Deus é o único que sabe de fato, quem somos, quais são as nossas responsabilidades, quais é a nossa missão, qual é o nosso lugar e qual é o algo maior que fazemos parte.
O Pastor Martin Luther King Jr afirmou o seguinte sobre a questão existencial:
Eu não sou quem eu gostaria de ser;
eu não sou quem eu poderia ser, ainda,
eu não sou quem eu deveria ser. Mas graças a Deus
eu não sou mais quem eu era!
Deus está acima de qualquer pensamento existencialista, que pode nos afastar de dEle. Em Deus estão pensamentos mais altos que os nossos [Isaías 55:9] e mais pacíficos que os dos outros [Jeremias 29:11] a nosso respeito.
Graças a Deus, por sua Graça que nos permite livre acesso em confiança por meio da fé que temos em Jesus Cristo [Efésios 3:10-12]. Fé que nos faz vencer a existência neste mundo para um dia termos revelada a nossa verdadeira identidade, no dia em que receberemos de Deus um novo nome [Apocalipse 2:17].
LEIA A CONCLUSÃO, NO IDENTIDADE - CONCLUSÃO, PRÓXIMO ARTIGO.

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