Procurador da República diz que cristãos vem fazendo-lhe ameaças de morte

20/11/2012
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Exigimos Provas: Procurador tem o dever legal de mandar apurar a origem das ameaças

Que estória é essa?

Em entrevista ao portal Terra o procurador Jefferson Aparecido Dias afirma que tem sido ameaçado por cristãos que não concordam com o pedido que ele fez para que o Banco Central deixe de emitir notas com a frase “Deus seja louvado”.

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Através de e-mails o diretor da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), que se declara católico, vem recebendo ameaças de morte. “Eu estou sendo ameaçado por causa dessa ação, por cristãos. Recebi alguns emails com ameaças, em nome de Deus”, diz.

Portal Terra: Com tantas injustiças e violência, essa não seria uma forma de ressaltar certa religiosidade, pregar o cristianismo?

Procurador Jefferson Dias – Mas essa é uma injustiça e uma violência. Eu estou sendo ameaçado por causa dessa ação, por cristãos. Recebi alguns emails com ameaças, em nome de Deus.

Portal Terra: Ameaças em que sentido?

Procurador Jefferson Dias – De que vão me matar. A religião é usada para violação de direitos humanos também. Acho um pouco de hipocrisia do religioso que usa um discurso, mas não usa uma prática condizente. Eu tenho uma religiosidade, a minha, mas acho que o Estado não pode ter religiosidade. Cada cidadão tem direito de optar pela sua.

Com informações de Gospel Prime e Portal Terra

COMENTÁRIO:

Alguns pontos da entrevista do Procurador da República, ao Portal Terra, precisam ser analisados. Em particular, sobre as supostas ameaças.

- como o Procurador da República tem certeza que as ameaças são oriundas de cristãos ?
- e se os autores de tais ameaças são anti-cristãos que querem ‘jogar lenha na fogueira’ ?
- por que os teores dos e-mails – com seus remetentes – não foram divulgados por ele ?
- se as ameaças estão diretamente ligadas à decisão tomada na esfera de suas atribuições como representante do estado brasileiro, por que ele não acionou a Polícia Federal para investigar o crime ?

São perguntas que não podem ser deixadas de lado. Precisam de resposta.

O Procurador acusou os cristãos. Tem a obrigação legal de provar tal acusação. Ou terá sido mero factóide.

Pode todo um segmento religioso ser atingido à belprazer de uma acusação?

A sociedade cristã brasileira deve sempre estar em alerta para que a ‘satanização’ dos cristãos não cresça nesse País. Precisamos abrir a boca e protestar, com respaldos, de maneira ordeira e civilizada, sempre dentro da lei.

Não podemos estar apáticos.

Para aqueles que gostam de espiritualizar tudo e pouco importam-se em fazer uso da cidadania terrena, é bom lembrar que determinada vez o Apóstolo Paulo foi preso e quando veio a ordem para amarrá-lo e açoitá-lo, ele fez uso de seus direitos como cidadão, ocasionando um recúo por parte de seus algozes. Ver Atos 22. 24-29 ( o grifo em vermelho é anotação do Holofote.Net ).

24. O tribuno mandou que o levassem para a fortaleza, dizendo que o examinassem com açoites, para saber por que causa assim clamavam contra ele.  (A ordem era levar Paulo para a fortaleza e açoitá-lo). 25. E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado? (Paulo evocou sua cidadania romana para não ser açoitado).

26. E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano. (O centurião fez chegar ao conhecimento de seus superiores que um cidadão romano seria açoitado, sem mesmo ter sido condenado).

27. E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim.

28. E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu o sou de nascimento.

29. E logo dele se apartaram os que o haviam de examinar; e até o tribuno teve temor, quando soube que era romano, visto que o tinha ligado. (Após saberem que Paulo era cidadão romano, temeram pelo que tinham feito a ele). 

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Ressalta-se que meses atrás o deputado federal e ex-BBB Jean Wyllys fez a mesma acusação em relação aos cristãos. A estratégia maldosa do parlamentar, naquela ocasião, deu certo, pois o caso virou manchete, conforme pode-se ver no G1 (da Globo) e por muitos outros sites de notícias, todavia NUNCA foi provado nada sobre as supostas ameaças, nem mesmo a cópia do suposto Registro de Ocorrência foi mostrada pelo deputado, meso após ter sido cobrado dele por várias vezes.