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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

DÁ PARA ACREDITAR? PT diz que partido não punirá condenados no mensalão !



‘Quem aplica o estatuto somos nós’, diz Rui Falcão, presidente nacional do PT
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, disse nesta terça-feira (30) que não haverá punição e que o PT não tomará qualquer medida contra os políticos petistas condenados no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Informou matéria publicada nesta quarta-feira (31) no O Globo.
Falcão alegou que as condenações impostas a parlamentares e políticos do PT não fazem parte dos casos de punição elencados no estatuto partidário. O estatuto do PT, no inciso XII do artigo 231, prevê que a pena de expulsão do partido deve ser aplicada quando ocorrer “condenação por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado”. Para Falcão, os casos dos companheiros condenados não se aplicam ao estatuto.
Além disso, Falcão, com o apoio de outros deputados do PT, defendeu que José Genoino, mesmo já condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha pelo STF, assuma o mandato como deputado federal, no início de 2013. O presidente do PT negou, no entanto, ter conversado sobre isso com Genoino.
Genoino é o segundo suplente da coligação do PT e outros partidos, segundo resultado da eleição de 2010. Ele deve assumir o mandato em janeiro de 2013 porque o deputado Carlinhos Almeida, que se elegeu prefeito de São José dos Campos (SP), terá que renunciar. O primeiro suplente, Vanderlei Siraque, já está exercendo o mandato na vaga de Aldo Rebelo, que está no Ministério do Esporte.
Há dirigentes do PT defendendo até que Carlinhos renuncie antes de 31 de dezembro, para que Genoino tenha mais tempo no Congresso. Mas Genoino afirmou a interlocutores que ainda não decidiu se assumirá o mandato. Ele se reuniu nesta terça-feira com seu advogado, Luiz Fernando Pacheco, para tratar do assunto, mas não tomou nenhuma decisão. Assim que foi condenado pelo STF, ele pediu demissão do cargo de assessor especial do Ministério da Defesa.
Colegas da base e da oposição admitem o direito de Genoino assumir como suplente, antes da publicação do acórdão da condenação pelo STF, mas defendem que o Supremo já decida sobre a perda do mandato dele e dos outros deputados condenados no mensalão, o que evitaria o constrangimento na Casa.
Enquanto a Câmara discute o caso Genoino, dois ex-deputados do PT absolvidos no julgamento do mensalão — Professor Luizinho (SP) e Paulo Rocha (PA) — reapareceram sorridentes nesta terça-feira na Câmara, e participaram do ato em comemoração às 5.000 edições do boletim informativo da bancada do partido na Casa, o “Informes PT”. Em clima de festa, foram efusivamente saudados pelos companheiros petistas.
Ex-líder do governo na Câmara, Professor Luizinho, absolvido da acusação de lavagem de dinheiro, afirmou que está feliz com o resultado do julgamento, que tirou um peso de suas costas, mas que sua felicidade não é completa por conta da condenação de Genoino e de José Dirceu.
Paulo Rocha preferiu não dar entrevistas. Argumentou que o julgamento ainda está em curso. Luizinho que deve voltar a atuar na direção do partido em Santo André, onde mora.
Fonte: O Globo

Hoje é o Dia da Reforma Protestante; conheça as 95 teses de Lutero


Hoje é o Dia da Reforma Protestante; conheça as 95 teses de Lutero

No dia 31 de outubro é comemorado por evangélicos de todo o mundo o Dia da Reforma Protestante. Em 1517, um dia antes da festa católica de “Todos os Santos”, o monge agostiniano Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses (veja abaixo), na porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha. Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome “Reforma”.
A iniciativa teve consequências por toda a Europa, dividiu reinos, gerou protestos e mortes. E mudou para sempre a Igreja. Para alguns, Lutero destruiu a unidade do que era considerada a igreja, era um monge renegado que desejava apenas destruir os fundamentos da vida monástica. Para outros, é um grande herói, que restaurou a pregação do evangelho puro de Jesus e da Bíblia, o reformador de uma igreja corrupta.
O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do papado e do império, e possibilitou que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. A principal doutrina de Lutero era contra o pagamento de penitências e indulgências aos líderes religiosos. Ele enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras.
Conta-se que muita coisa mudou dentro daquele monge até então submisso ao papa quando, em 1515, Lutero começou a dar palestras sobre a Epístola aos Romanos. Ao estudar as Escrituras se deparou com o primeiro capítulo de Romanos, que decretava “o justo viverá pela fé”. Desvendava-se diante dele o que é conhecida como “justificação pela fé”, ou seja, a justificação do pecador diante de Deus não é por um esforço pessoal, mas sim um presente dado àqueles que acreditam na obra de Cristo na cruz.

Porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha, onde Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses
O movimento encabeçado por Lutero ocorreu durante um dos períodos mais revolucionários da história (passagem da Idade Média para o Renascimento) e mostra como as crenças de um homem pode mudar o mundo.
A controvérsia acabou sendo, segundo historiadores, maior do que Lutero pretendia ou imaginara. Porém, ao atacar a venda de indulgências por parte da igreja, acabou opondo-se ao lucro obtido por pessoas muito mais poderosas do que ele. Segundo Lutero, se era verdade que o Papa tinha poder de tirar as almas do purgatório, devia usar esse poder, não por razões egoístas, como a necessidade arrecadar fundos para construir uma igreja, mas simplesmente por amor, e devia fazê-lo gratuitamente. A idolatria aos santos também foi um dos grandes pontos de discórdia com os lideres católicos.
A maioria dos historiadores concorda que Lutero teria tentado apresentar seus argumentos ao Papa e alguns amigos de outras universidades. No entanto, as teses colocadas na porta da Catedral de Wittemberg e os muitos argumentos teológicos impressos e distribuídos por ele nos meses seguintes, acabaram se espalhando por toda a Europa, fazendo com que ele fosse chamado ao Vaticano para se retratar perante o Papa. A partir de então, entrou abertamente em conflito com a Igreja Católica.
Acabou excomungado em 1520, pelo papa Leão X. Alegava-se que ele incorria em “heresia notória”. Devido a esses acontecimentos, Lutero temendo a morte, ficou exilado no Castelo de Wartburg, por cerca de um ano. Durante esse período trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, resultando na impressão do Novo Testamento em setembro de 1522.
Legado de Lutero
O famoso pastor Charles Spurgeon escreveu:
“Lutero aprendeu a ser independente de todos os homens, pois ele lançou-se sobre o seu Deus! Ele tinha todo o mundo contra ele e ainda viveu alegremente.
Se o Papa excomungou, ele queimou a bula de excomunhão! Se o Imperador o ameaçou, ele alegrou-se porque se lembrou das palavras do Senhor: “Os reis da terra se levantam, e os príncipes dos países juntos. Aquele que está sentado nos céus se rirá” (Salmo 2).
Quando disseram-lhe: “Onde você vai encontrar abrigo se o Príncipe Eleitor não protegê-lo?”. Ele respondeu: “Sob o escudo amplo de Deus”. Lutero não podia ficar parado. Ele tinha que escrever e falar! E oh, com que confiança ele falou! Abominava as dúvidas sobre Deus e as Escrituras!” 
Para algumas vertentes do catolicismo, os protestantes são hereges. Para outras, “irmãos separados”. O movimento originado por Lutero ficou conhecido como Protestantismo e seus seguidores como “protestantes”. O termo é pouco comum no Brasil, onde se prefere usar “evangélicos”.
As 95 teses:
1. Ao dizer: “Fazei penitência”, etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4. Por consequência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.
15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.
18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.
20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?
30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.
34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.
36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.
39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.
40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto.
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.
61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.
64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.
65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.
68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.
71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.
75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa.
77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.
78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I Coríntios XII.
79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.
80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.
81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.
82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?
83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?
85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?
88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.
91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo “Paz, paz!” sem que haja paz!
93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo “Cruz! Cruz!” sem que haja cruz!
94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.
95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.

Veja o resultado da influência de líderes evangelicos aos candidatos a Prefeito e Vereadores, muito importante !


Balanço sobre as eleições 2012; Pr. Silas Malafaia comenta

Quero tecer alguns comentários que julgo importantes para analisarmos nestas eleições, o voto e o posicionamento dos evangélicos.
1- Mais uma vez fica provado que grande parte da imprensa quer nos alijar do processo eleitoral. Este é um joguinho medíocre e retrógrado de tentar nos alienar do processo social, dizendo que misturamos religião com política. É a coisa mais baixa e medíocre do jornalismo tendencioso. “Não adianta chorar”, nós vamos influenciar o processo político brasileiro, mesmo que os ímpios não gostem ou que evangélicos tenham preconceito. Fazemos isto porque estamos no Estado Democrático de Direito e somos cidadãos livres para expressar opiniões e votarmos em quem quisermos.
2- Depois desta eleição acredito que muitos líderes evangélicos vão ter cuidado ao manifestar sua opinião sobre questões políticas, não envolvendo o nome da igreja e sim suas convicções.
3- A partir desta eleição, os candidatos a cargos majoritários (prefeitos, governadores e presidentes) vão tomar muito cuidado ao fazerem leis para beneficiar o que os ativistas gays desejam, bem como materiais didáticos que vão contra os princípios da família tradicional.
4- Segundo o deputado ativista gay Jean Wyllys, a eleição de representantes da comunidade gay foi uma vergonha. Juntando todos os candidatos declaradamente gays no Brasil, não chegaram a 150 mil votos. Se eu não estiver enganado, só elegeram 1 vereador.
5- O povo evangélico no Brasil não se impressione porque em São Paulo foi eleito um candidato a prefeito, o Sr. Fernando Haddad, sendo tremendamente bombardeado principalmente por mim, por suas posturas que vão contra nossos princípios, porque o número de prefeitos eleitos neste país, decididamente com os votos evangélicos, desculpe-me a expressão popular: “arrebentou a boca do balão”. Fora isto, foram eleitos milhares de vereadores evangélicos, dezenas e dezenas de prefeitos evangélicos, sem contar o número gigante de candidatos evangélicos a vice-prefeito, foi um verdadeiro show! Vamos ver se a imprensa vai fazer um levantamento para confirmar o que estou falando.
6- Por bondade, graça e misericórdia de Deus, apoiamos 18 candidatos a vereador (segundo especialistas, a eleição política mais difícil é a de vereador), 16 foram eleitos, incluindo, entre eles, o irmão Alexandre Isquierdo, membro de nossa igreja, oitavo vereador mais votado no Rio de Janeiro. Ajudamos diretamente, com nosso apoio, 25 candidatos a prefeito: 18 venceram e 7 foram derrotados.
7- Não encaro eleição como um jogo de futebol, que alguém ganha ou perde, encaro sim como uma oportunidade de manifestar os princípios, crenças e valores que temos para fazer a diferença na sociedade. Por isso, a maior prova de que esta minha posição é correta, que mesmo eu apoiando candidatos que perdem a eleição, sou o líder evangélico mais requisitado e mais questionado pela imprensa. Tributo isto a Deus, mas é uma pergunta que eu faço para os que criticam a minha atuação: onde estãos os líderes que apoiaram quem venceu? Qual é o jornal que os citam? São chamados para dar entrevista aonde? São questionados por seus princípios quando?
Povo de Deus, vamos abrir os olhos, não vamos ser medíocres. Estamos aqui nesta terra para fazer a diferença em todos os níveis e setores da sociedade. Não vou me calar! Sempre me posicionarei! Nunca me calei diante dos desafios daqueles que querem nos calar ou minar a nossa fé. Pela graça e bondade de Deus, tenho enfrentado toda essa gente, sendo muitas vezes ameaçado, caluniado, difamado, processado, mas eles não vão me calar PORQUE MAIOR É O QUE ESTÁ CONOSCO DO QUE OS QUE ESTÃO COM ELES. SE NÓS NOS CALARMOS, OS DEPRAVADOS, ATEUS, HUMANISTAS, E ETC, VÃO DITAR AS NORMAS PARA A SOCIEDADE.
DEUS NÃO ME LEVANTOU PARA EU ME ESCONDER, MAS PARA ME POSICIONAR.
PS: Em tempo, quero dar os parabéns ao nosso irmão em cristo, Neilton Mulin, que foi eleito prefeito do segundo maior colégio eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, que é a cidade de São Gonçalo, usando todo dia, desde o primeiro turno, no seu horário eleitoral, uma fala nossa.
Estavam contra ele: o governador do Estado, Sérgio Cabral, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a presidente Dilma Rousseff, os senadores Lindbergh Farias e Marcelo Crivella, inclusive meu irmão, o deputado Samuel Malafaia, que não quis seguir minha orientação. Todos eles apareceram no programa eleitoral do candidato derrotado.
Parabéns, Mulin! A Deus seja a glória!

Policiais colombianos são mortos em emboscada das FARC, durante o processo de paz…


31, outubro, 2012

Ivan Marquez, guerrilheiro das FARC, durante as "negociações de paz" com o governo colombiano, em Oslo: "A paz não significa o silêncio dos fuzis". Pouco depois, seu grupo matou 6 policiais colombianos em uma emboscada... Como confiar nos guerrilheiros marxistas?
Nilo Fujimoto
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) emboscaram nesta segunda-feira, no sudoeste da Colômbia, uma patrulha policial, mataram seis de seus integrantes e feriram outro, informou à Agência EFE uma fonte policial. Isso ocorreu duas semanas antes da segunda fase de “diálogos de paz” entre o governo colombiano e o grupo terrorista.
“O ataque aconteceu em uma zona rural entre os povoados de Padilla e Villa Rica, no departamento de Cauca, detalhou a fonte. Os uniformizados, um subtenente e sete patrulheiros, estavam em motocicletas e pertencem à Unidade de Intervenção e Reação da Direção de Passagem e Transporte (Unir).”1
A manifestação beligerante da FARC não surpreende, se tomarmos em linha de conta que os primeiros comentários do lado de lá das barricadas foram pouco auspiciosos. “A paz não significa o silêncio dos fuzis“, disse Luciano Marín, conhecido como Iván Márquez, o porta-voz das FARC, na abertura da reunião em Noruega.2
Apesar de declarações inequívocas como essas, as vozes da falsa conciliação se fizeram ouvir… momentos antes do ato terrorista contra os policiais:
“Horas antes da emboscada, a ONG Redepaz havia proposto ao presidente Juan Manuel Santos e às FARC que decretassem uma trégua de um mês como demonstração de confiança para avançar nos diálogos de paz.”3
Confiança com guerrilheiros marxistas, que nunca cumpriram com sua palavra? Trégua unilateral?
Será que o presidente colombiano continuará cedendo como se estivesse diante de uma força invencível?
São perguntas completamente cabíveis.
Fonte: 1 – Farc matam seis policiais em emboscada no sudoeste da Colômbia http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2012-10-30/farc-matam-seis-policiais-em-emboscada-no-sudoeste-da-colombia.html
2- Pax colombiana http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,pax-colombiana-,948950,0.htm
3 – Farc matam seis policiais em emboscada no sudoeste da Colômbia http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2012-10-30/farc-matam-seis-policiais-em-emboscada-no-sudoeste-da-colombia.html


CARTÕES DE CRÉDITO : Conheça como funciona !


Cartões de crédito e taxas de juros no Brasil: arcabouço institucional

30/10/2012 - 20:49:36
are on facebookhare on printore Sharing Servicpós a implantação do Plano Real, que conseguiu reduzir a inflação a níveis inferiores a 10% ao ano, a utilização de cartões de crédito como instrumento de pagamento no Brasil cresceu significativamente. Porém, a queixa mais comum de quem utiliza o cartão de crédito sempre foi, e continua sendo, as altíssimas taxas cobradas de quem não paga o valor inteiro da fatura na data de vencimento, isto é, de quem realmente utiliza o cartão para obter crédito.
Este artigo tem por foco o melhor entendimento da formação das taxas de juros cobradas de quem utiliza o cartão de crédito em nosso país, identificando os agentes participantes dessa indústria e seus contornos institucionais, abordando suas principais normas e instituições reguladoras.
Esquematicamente, podem-se listar cinco participantes diretos nessa indústria: o titular do cartão, pessoa física ou jurídica que o utiliza em suas despesas; o emissor, uma entidade bancária ou vinculada a banco, que fornece o cartão, concede o crédito e cobra o pagamento do cliente; o credenciado, empresa ou autônomo, que aceita o cartão para o pagamento dos bens e serviços que comercializa; o credenciador, que fornece os terminais de ponto de venda ao credenciado, sendo responsável pela manutenção desse sistema e pela liquidarão do pagamento da mercadoria (ou serviço prestado) através de depósito na conta corrente do credenciado; e a bandeira, que é o proprietário do negócio e quem licencia sua marca para o emissor e para o credenciador.
Há uma grande variedade de formatos de funcionamento desse sistema, com bandeiras autônomas, associadas a bancos ou a estabelecimentos comerciais, ou ainda com empresas que administram bandeiras próprias (private label), como é o caso notório de lojas de materiais de construção ou de lojas de vestuário. Em alguns casos, o emissor e o credenciador são uma única entidade.
Os principais benefícios percebidos pelo titular do cartão são: conveniência, segurança e possibilidade de prazo para pagamento "sem juros", pois, no caso de não contratar operação de empréstimo, entre a transação de compra e o efetivo pagamento decorre algo entre dez e 40 dias, além de ser possível parcelar sem acréscimos alguns dos pagamentos.
Tantas vantagens, quando confrontados ao uso de moeda ou cheque como meios de pagamentos, possuem custos explícitos e implícitos. Os explícitos são as anuidades e os seguros contra fraudes (esses últimos opcionais). Os implícitos, a grande sacada do negócio, decorre do fato de que o consumidor não está pagando o preço realmente à vista.
Para os donos dos estabelecimentos comerciais, os principais benefícios são: conveniência, segurança e maior atratividade dos consumidores. Da mesma forma, as vantagens não aparecem sem custos extras explícitos e implícitos. As receitas das vendas efetuadas com cartão de crédito são finalmente recebidas pelo comerciante, devidamente abatidas da taxa de desconto, somente após determinado prazo. No Brasil, usualmente 30 dias. Nos EUA, após três dias.
Além da taxa de desconto, o comerciante incorre também no custo de aluguel do terminal de vendas. Os implícitos são mais difíceis de perceber, pois o comerciante poderia receber mais do que o preço ofertado líquido da taxa de desconto.
No Brasil, as atividades restritas a instituições financeiras e de sistema de pagamentos são reguladas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil (BC). Os aspectos concorrenciais do negócio são de responsabilidade do BC, no que diz respeito às atividades de instituições financeiras, e do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), composto pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade); pela Secretaria de Direito Econômico (SDE); e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE).
Como o funcionamento da indústria de cartões de pagamento estabelece relações consumeristas, ela está sujeita também ao Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), integrado, entre outros, pela SDE, por meio do seu Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), e pelos Procons, devendo observância ao Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Embora as empresas de cartões atuem diretamente no mercado de crédito, nem todas são consideradas instituições financeiras e, portanto, não são diretamente reguladas ou fiscalizadas pelo BC. A ausência de um órgão regulador é apontada por alguns estudiosos do assunto como um dos impeditivos para a obtenção da eficiência econômica nesta indústria, dado que no Brasil mais de 80% do mercado, seja no critério de quantidade de transações ou no critério de valores transacionados, funciona com duas bandeiras notórias.
Embora o arranjo institucional apresentado não pareça apresentar muitas diferenças em relação aos de outros países, existem especificidades desse mercado, assim como do mercado de crédito brasileiro, que ajudam a melhor compreender a formação do nível de taxa de juros praticados nesse mercado. Nosso próximo artigo, a ser publicado neste espaço em 14 de novembro, procura aprofundar essa discussão.
Márcio Araújo
Henrique Forno
Rubens Teixeira
Doutores em economia, escrevem nesta página às quartas-feiras, de 15 em 15 dias.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ASSINE A PETIÇÃO: Contra o ativismo ideológico do Conselho Federal de Psicologia

 

CLIQUE E ASSINE:
http://www.causes.com/causes/799569-contra-o-ativismo-ideologico-do-conselho-federal-de-psicologia/actions/1697515

 

O Conselho Federal de Psicologia - CFP - foi aparelhado politicamente e está sendo usado como instrumento para um intenso ativismo ideológico.
Agindo assim, a autarquia federal extrapola o conjunto de suas atribuições legais, abusando de sua função regulamentadora ao cercear a expressão do pensamento e o livre exercício da profissão.

Para forçar um alinhamento em torno de suas convicções ideológicas, o CFP não conhece limites: persegue psicólogos dissidentes, usando inclusive seu poder de polícia para intimidá-los. Ademais, já é notório o conluio da autarquia com diversas entidades cujos interesses são totalmente alheios aos da ciência e da profissão.

Estas entidades vêm pautando as ações do Conselho a partir de uma agenda elaborada para impor mudanças culturais profundas, não consentidas pela população, a exemplo do que vem ocorrendo com as tentativas reiteradas de exposição precoce de crianças a conteúdos sexuais.

* O vídeo acima esta no canal do YouTube do Conselho Federal de Psicologia em http://www.youtube.com/watch?v=ERK97L_j9Bg.

Os psicólogos estão acuados, e precisam de seu importante apoio para reverter esse quadro. Os Conselhos Profissionais (por exemplo, o Conselho Federal de Psicologia) são de interesse público, que é proteger o cidadão contra os maus profissionais. Não podem ser usados de forma corporativa, muito menos como instrumento de ativismo político-ideológico.

Assina esta petição e divulgue entre seus amigos.

SUPREMA MISTIFICAÇÃO: O JULGAMENTO E O PROJETO REVOLUCIONÁRIO

 

HEITOR DE PAOLA

29/10/2012

O julgamento do mensalão tem suscitado esperanças delirantes em alguns setores da população: a de derrotar o PT na Justiça e com isto impedir a dominação do Brasil pelas hostes marxista-leninistas. Nada mais ilusório.

Minha tese sempre foi que as decisões de justiça devem ser tomadas de maneira sóbria e que a exposição pública das transmissões ao vivo era somente para impressionar talvez uns 10% da população ligada àquela pantomima. Eu nem sabia que no Brasil existia uma excrescência chamada TV Justiça! Como tudo que só tem no Brasil e não é jabuticaba, não presta e jamais deveria ter sido fundada. Conto a favor da minha tese com a entrevista do próximo Ministro do STF, Teori Zavascki: ‘O excesso de exposição não colabora para as decisões (do STF). Esse sistema brasileiro é inédito. Em geral, nas Cortes de Justiça de outros países, as decisões são tomadas em sessões reservadas e depois são publicadas bem fundamentadas’.

Assim procede o Tribunal de Old Bailey, a Suprema Corte Criminal de Sua Majestade: ‘Não é permitido o acesso público aos recintos da Corte Central Criminal, mas as galerias para o público são abertas diariamente para assistência de julgamentos’. Sei por experiência própria que os visitantes são examinados por detectores de metais e as câmeras de foto ou filme ficam retidas na sala da polícia.

Assim também é na Suprema Corte Americana, cujas regras de procedimento podem ser encontradas neste link e que se restringe a julgar a constitucionalidade das leis e decisões, jamais aceitaria um caso criminal como este.

A exposição circense tinha a função de transformar algo que deveria ser sério, numa chanchada com torcida e tudo! Em alguns momentos parecia um Fla-Flu, noutros uma luta livre entre o Gigante Núbio e o Leão Polonês, com os demais como meros figurantes. Criou-se um perigoso precedente: Lewandowsky foi xingado e vaiado ao votar, até mesmo por um mesário que, se a lei fosse cumprida, deveria ser afastado e preso. Joaquim Barbosa tornou-se um herói, uma espécie de salvador da pátria, de que Brasil tanto gosta.

Mas o Justiceiro-Mor, que mais parece estar fazendo campanha política do que julgando, é um Magistrado que votou sempre a favor das teses petistas, além de ter declarado votar sempre em Lula e enaltecê-lo. Votou pela criação da Reserva Raposa Serra do Sol, contra a extradição do assassino Cesare Battisti, a favor do aborto de anencéfalos e do uso de células-tronco fetais e dificilmente será contra a aprovação do aborto e da liberação das drogas, se chegarem ao STF. É, portanto, membro da mesma patota gramscista que tomou conta de toda a estrutura do Estado, inclusive a Justiça.

Os resultados do primeiro turno mostram que o programa revolucionário Fabiano-marxista vai muito bem e cada vez mais forte. Além da impressionante virada de Haddad em SP o grande vitorioso foi o PT com o avanço impressionante do PSB, partido auxiliar da linha revolucionária principal PT-PSDB. Como Lula disse, acabou a direita no Brasil. Pior: acabou qualquer oposição ao projeto revolucionário! Os partidos que ora dão as cartas são, além do PT e PSDB (aliados que fingem se opor), PSB, PPS, PCdoB, PDT, P-SOL, PV, PSTU, PCB. Com a raríssima exceção da Bahia onde o DEM deve ganhar, mas sem significado ideológico, pois quem ganhará será, in absentia, o vovô ACM. O PMDB, sabe-se bem, vai para onde o vento sopra.

Em segundo lugar os Ministros inovaram e criaram uma nova jurisprudência: a condenação sem provas objetivas, afastando-se completamente do devido processo legal, lançando mão da ‘verdade imaginada’, pelo ‘achismo’ e o ‘ouvi dizer’. A condenação, com base no quadro probatório atual, não é jurídica, mas pré-jurídica, um retorno aos julgamentos baseados em ‘provas testemunhais’, sem a busca incessante de provas objetivas [[i]]. Aqueles que hoje riem e ficam satisfeitos com as condenações, que esperem um dia ser denunciados pelo Ministério Público e serem julgados da mesma maneira. É a tal história: pimenta no olho dos outros é colírio! Esperem respingar em seus próprios olhos! Isto porque a jurisprudência tem efeito vinculante e as instâncias inferiores devem segui-las como norteadoras dos julgamentos. Principalmente aqueles que estão sendo investigados pelos Comissários ‘da verdade’. A sanha investigativa dos Comissários aguçou-se ainda mais, agora que nem precisam de provas, basta o diz-que-diz das ‘vítimas torturadas’. Durante a ‘terrível ditadura militar’ eu fui beneficiado pelo devido processo legal: fui absolvido em 1967 pelo Superior Tribunal Militar, com voto decisivo do General Mourão Filho, exatamente por insuficiência de provas!

Além de tudo, o voto de uma das Doutas Magistradas, acho que Rosa Weber, ao julgar Genoíno foi claro: ‘não estamos julgando sua biografia e seu passado de lutas, mas sim fatos do presente’, no que foi acompanhada depois por outros Magistrados. José Dirceu já está apelando para diminuir sua pena em nome de sua militância a favor de Cuba. O leitmotiv desta farsa chamada Ação Penal 470 foi inocentar todos os guerrilheiros e terroristas que lutaram para implantar a ‘democracia’ cubana em nosso País. Passou a ser juridicamente inocentado a priori roubar assaltar trens e tomar em armas desde que seja por razões políticas. Se for para a causa, guerrilha, terrorismo, assaltos, tudo é permitido. Esta é a verdadeira raison d’être dos partidos revolucionários que precisam se capitalizar para levar a cabo com eficiência suas funções! Como eu havia dito desde o início: a causa é tudo, os militantes são descartáveis. A implantação do projeto revolucionário, financiada pelos cartéis bancários e grandes empresas que mamam no BNDES, segue impávida, sem sofrer nenhum abalo por esta farsa!

Para publicação no Jornal Inconfidência, Belo Horizonte-MG


[i] Cf. Luis Gernet, Droit et societé dans la Grece Ancienne, Paris, 1955, citado por Jean-Pierre Vernant, em Les origines de la pensée grecque, Presses Universitaires de France. Citado por mim em Komitet Правда?

Saiba onde Marcos Valério ficará preso

 

VEJA

27/10/2012 - 09:59

Justiça

Complexo Penitenciário Nelson Hungria tem 1900 detentos, entre eles o ex-goleiro Bruno Fernandes, como mostra reportagem de VEJA desta semana

Marcelo Sperandio

A Cela - A ala nova do presídio onde Valério deve cumprir pena tem janelas maiores

A Cela - A ala nova do presídio onde Valério deve cumprir pena tem janelas maiores (Rodrigo Clementino/Tempo)

Há muito a sorte abandonou o publicitário Marcos Valério, mas ao menos sob um aspecto seu futuro não será tão tenebroso. Autoridades da área de segurança de Minas Gerais e integrantes da sua equipe de defesa afirmam que seu destino deverá ser uma cela no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, uma ilha de calmaria no inferno do sistema prisional brasileiro. O presídio fica em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, não tão distante assim da casa onde o publicitário morou nos últimos anos, na Pampulha, região nobre da capital mineira. No Nelson Hungria, muitas celas abrigam apenas um prisioneiro. A ocupação máxima jamais ultrapassa três pessoas para cada cubículo de 6 metros quadrados. O total de 1 900 prisioneiros supera em apenas 18% a capacidade do local, de 1 600 detentos, muito abaixo da média de superlotação do sistema mineiro, que é de 50%. Ao contrário do que ocorre em alguns presídios, onde os chuveiros são coletivos, no complexo Nelson Hungria cada cela tem o seu (a água é fria).

Os dias de Marcos Valério começarão às 7h30, horário em que o café com leite é servido. Às 12 horas, os carcereiros passarão, por entre as grades, os talhares de plástico e a vasilha de papel-alumínio com o almoço do publicitário, em geral composto de arroz, feijão e carne ou frango. A cena se repetirá às 18 horas, no jantar. Dentro das celas, ele poderá ouvir rádio e ver televisão. O presídio não fornece os aparelhos, mas autoriza os presos a recebê-los de fora. Em 2008, uma nova ala para 300 presos foi inaugurada, com janelas maiores e portas com uma pequena abertura no lugar de grades, o que aumenta a privacidade dos internos. Valério terá direito a uma visita íntima por mês e a duas horas diárias de banho de sol. Nesse período, poderá fazer exercícios e jogar futebol. Tendo sorte, a partida poderá contar com a participação do (até agora) mais famoso detento do Nelson Hungria, o ex-goleiro Bruno Fernandes, acusado de matar a jovem Eliza Samudio.

Valério pede proteção e delação premiada

 

ESTADÃO

Mensalao

 

Empresário mineiro encaminhou solicitações ao Supremo em setembro

30 de outubro de 2012 | 5h 00

O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, encaminhou em setembro para o Supremo Tribunal Federal um pedido de proteção, pois sua vida estaria correndo perigo, e ofereceu em troca delação premiada. O documento é mantido em sigilo e não foi anexado ao processo do mensalão, que já está em julgamento.

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Valério foi condenado pelo STF e suas penas superam 40 anos - Beto Barata/Estadão - 27/10/2005

Beto Barata/Estadão - 27/10/2005

Valério foi condenado pelo STF e suas penas superam 40 anos

Um processo em separado foi aberto, mas é mantido em segredo por causa do risco relatado por Marcos Valério de ser assassinado. A petição será relatada pelo ministro Joaquim Barbosa, pois o processo do mensalão está sob seus cuidados. Mas ele deixará a relatoria desse caso assim que assumir a presidência da Corte.

O fax - revelado pela revista Veja - foi recebido pelo presidente do tribunal, ministro Carlos Ayres Britto. Ele foi logo encaminhado para o gabinete do ministro Joaquim Barbosa e, em seguida, para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Seu teor é mantido em reserva. O processo não aparece nem sequer no andamento dos processos em tramitação no Supremo. Segundo integrantes do tribunal, o risco alegado por Valério seria a razão para a cautela. O tribunal não divulga nem o que estaria sob investigação. Conforme integrantes do STF, o documento não interfere no julgamento do mensalão, que já está na reta final. Não haveria, portanto, nenhum elemento novo, nenhuma prova nova que pudesse alterar o resultado do julgamento. O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, não quis falar sobre o assunto. "Sobre isso assumi o compromisso com diversas pessoas de não declarar nada, não falar nada."

Valério foi condenado pelo STF pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato, formação de quadrilha e evasão de divisas, cujas penas já superam os 40 anos. A sentença o obrigará a cumprir parte da punição em regime fechado. O empresário foi acusado de ser o principal articulador do esquema e seria, conforme o Ministério Público, agente do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Justiça Federal manda supostos índios devolverem fazendas invadidas


29, outubro, 2012

Polícia chega ao local da invasão, perpetrada por supostos índios (que se cadastraram como tal...)
Sem medo da Verdade

Justiça Federal de Ilhéus mandou reintegrar quatro propriedades que haviam sido invadidas por supostos índios da tribo Tupinambá de Olivença.
A primeira propriedade a ser reintegrada foi a Fazenda São José, situada na região do Rio Santana, Município de Ilhéus, invadida pela 3ª vez em julho deste ano. Foi encontrada totalmente suja e com a sede inteiramente destruída, caracterizando ato de vandalismo. Roubaram fechaduras, os espelhos dos banheiros, toda a fiação elétrica, lâmpadas, sofá, tanque de fibra e a produção do cacau.
Mesmo com a presença das autoridades, num gesto de afronta à Lei, o coordenador da Funai, Sr. Nícolas, que acompanhou a reintegração, sugeriu a seu Juvenal Correia, proprietário da fazenda reintegrada que se cadastrasse como índio, citando o exemplo da vizinha Isabel que se cadastrou e ‘eles não estão mexendo com ela’.
‘Tenho a impressão que estamos vivendo um outro tipo de ditadura. A ditadura da Funai,que ameaça aqueles que não querem virar índios’. Completou Juvenal.
Em seguida, os agentes seguiram para a fazenda Paraíso, do sr. Cloves Teles Maciel, onde, também, não encontraram ninguém, apenas os rastros de destruição.
Os agentes cumprirão mais dois mandados, sendo um na região vila Brasil, ao lado do Assentamento Ipiranga e outro na região da Serra das Trempes.
Ao Chegar na fazenda do Grupo Chaves, o que se viu foi uma correria só. Entre os evadidos, foi reconhecido o Cacique Cleildo, um ex-sem terra, hoje assentado do INCRA, que do nada virou índio e passou a ser cacique, infernizando aquela região. Comenta-se que a fuga dos caciques Negão da Luz, Cleildo, Ivonete, entre outros não foi à toa, pois podem estar sendo procurados pela justiça devido ao grau de periculosidade que representam na zona rural.
A ação de reintegração de posse e o patrulhamento na região devem continuar e serão intensificadas.
Essas ações são frutos do movimento da Associação de Pequenos Produtores de Ilhéus, Una e Buerarema, que no dia dez de agosto ocuparam o aeroporto de Ilhéus em protesto contra as invasões.
Fonte: TribunaGerral.com