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sábado, 21 de abril de 2012

INTROMISSÃO DO CFP NA VIDA DOS HOMOSSEXUAIS E DOS PSICÓLOGOS



A Folha de S. Paulo, de 2.8.2009, publicou uma carta em que um leitor critica a decisão do CFP. Eis a correspondência:

"Fiquei abismado com a decisão do Conselho Federal de Psicologia em punir Rosângela Justino por estar exercendo a profissão que escolheu (Cotidiano, 1/8). Se alguém pode ter o direito de ser homossexual, deve ter o direito de deixar de ser, escolhendo um profissional adequado para ter atendimento. O que o conselho está fazendo é uma intromissão na vida pessoal de todos, paciente e terapeuta, e na vida profissional da psicóloga, que tem o direito inalienável de trabalhar. E, mais ainda, o de pensar por si própria. O sujeito que falou em nome do Conselho Federal de Psicologia e quem pensa como ele jamais poderá criticar a Inquisição. É como se alguém quisesse me punir, como advogado, por defender que um casal não se divorciasse, ou punir um fonoaudiólogo por pretender que um surdo passasse a ouvir. Acho melhor o conselho ir se aconselhar e repensar sua postura ou, melhor ainda, buscar ajuda. Comportamento cretino e de má-fé."
NEREU PEPLOW (Curitiba, PR)

(Transcrita de http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0208200910.htm)

Ouça a entrevista de Rozângela Justino.
Logo após a reunião do Conselho, a psicóloga Rozângela foi abordada por repórteres, a quem respondeu alguma pertuntas.
Ouça, clicando aqui.


PARA ENTENDER O PROBLEMA

Para entender o caso, veja as matérias anteriormente postadas no Prazer da Palavra.

No proximo dia 31 de Julho de 2009, a psicóloga Rozângela Alves Justino será julgada pelo Conselho Federal de Psicologia, acusada de contrariar resolução do referido organismo que determina que nenhum psicóloga pode tratar a homossexualidade.

Ela diz que o que faz é constitucional e legal. Se for cassada, continuará nas igrejas seu trabalho de apoio às pessoas que querem deixar a homossexualidade.

DÊ A SUA OPINIÃO:

O Conselho Federal de Psicologia decide, no dia 31 de julho de 2009, se cassa a licença da psicóloga carioca Rozângela Alves Justino, que, neste caso, perderia o direito de trabalhar na sua profissão. Há dez anos o referido Conselho, em resolução específica, considerou que "a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão", determinando que:

. "Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de estigmatizações contra aqueles comportamentos ou práticas homoeróticas" (Art. 2°).

"Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades" (Art 3° -- parágrafo único).


No contexto desta ameaça de punição, o jornal paulista Folha de S. Paulo publicou longa matéria, inclusive uma entrevista com com Rozângela, em que o repórter se apresenta inicialmente como paciente interessado em deixar a homossexualidade.
Segundo a Folha, "a cassação de Rozângela, que atende no centro do Rio, foi pedida por associações gays e endossado por 71 psicólogos de diferentes conselhos regionais".

Sobre a entrevista publicada, a psicóloga Rozângela Justino, solicitada, enviou ao PRAZER DA PALAVRA a seguinte observação, abaixo transcrita:

"O repórter disfarçado de paciente distorceu várias das minhas falas e também uma das da Fernanda dizendo que ela após sair do lesbianismo passou a ter várias relações heterossexuais. Não costumo utilizar termos tais como CURA, DOENÇA, etc. Ele fez isto para me prejudicar – a impressão que tenho é que estamos diante de um grupo ligado ao crime organizado. Ele inclusive já sabe o meu endereço e vou ter que mudar de consultório ou mesmo não atender mais, pois os profissionais de psicologia ficam numa situação muito vulnerável!
Pretendo continuar trabalhando somente nas igrejas, porém preciso de sustento pessoal para, inclusive continuar, as minhas idas a Brasília para influenciar as políticas públicas. Vou precisar da ajuda das igrejas evangélicas.

(...) Vou pedir direito de resposta ao Jornal. Não seria bom colocar minha foto, pois quanto menos exposição de minha pessoa melhor".

A psicóloga Rozângela Justino está organizando um abaixo-assinado que defende os direitos de penamento (liberdade de consciência), exposição de idéias (liberdade de expressão, intelectual e científica) e associao para apoiar os que querem ser apoiados (liberdade de atuar e/ou fornecer informações à sociedade).

Diz o texto do manifesto: "É que abaixo assinamos em apoio à psicóloga Rozangela Alves Justino, CRP 05/4917, para que continue a incluir em seu atendimento profissional, também as pessoas que voluntariamente desejam deixar a atração pelo mesmo sexo e a realizar trabalhos preventivos, de forma a garantir este direito humano e constitucional. A psicóloga Rozangela Alves Justino prometeu e vem cumprindo o seu juramento quando da colação de grau que por meio do seu exercício profissional contribuiria para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão na direção das demandas da sociedade, promovendo saúde e qualidade de vida a cada sujeito e a todos os cidadãos e instituições cumprindo todos os princípios fundamentais e artigos que envolvem a sua responsabilidade segundo o seu Código de Ética Profissional".
Veja outras informções no blog da psicóloga Rozângela e no site da Abraceh.

Para participar/preparar o abaixo-assinado de apoio a Rozângela, CLIQUE AQUI para ver as instruções.


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