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domingo, 31 de agosto de 2014

Marina continua comprometida com a Agenda Gay, mesmo depois de alterar seu programa de última hora!

 

Programa de governo de Marina Silva promete “superar fundamentalismo religioso no Congresso” e causa polêmica por defender direitos dos homossexuais

 Por Dan Martins em 30 de agosto de 2014

 

Programa de governo de Marina Silva promete “superar fundamentalismo religioso no Congresso” e causa polêmica por defender direitos dos homossexuais A candidata à presidência Marina Silva (PSB) lançou recentemente o seu programa de governou, ao lado se seu candidato à vice Beto Albuquerque (PSB). Sendo constantemente acusada de estar atrelada à bancada evangélica do Congresso, por ser também evangélica, a candidata afirma em seu plano de governo que pretende “superar o fundamentalismo incrustado no Legislativo e nos diversos aparelhos estatais, que condenam o processo de reconhecimento dos direitos LGBT e interferem nele”.

O programa de governo de Marina Silva foi lançado nessa sexta feira e abordou temas polêmicos e sensível ao eleitorado evangélico, como a defesa ao casamento gay igualitário no país. Outro ponto polêmico presente no programa é o apoio à aprovação do PLC 122/06.

Com 242 páginas, o programa de governo de Marina está dividido em seis eixos principais. Em seu trecho mais polêmico, em que trata sobre Cidadania, o documento detalha propostas de combate ao preconceito contra o segmento LGBT.

- Ainda que tenhamos dificuldade para admitir, vivemos em uma sociedade que tem muita dificuldade de lidar com as diferenças de visão de mundo, de forma de viver e de escolhas feitas em cada área da vida. Essa dificuldade chega a assumir formas agressivas e sem amparo em qualquer princípio que remeta a relações pacíficas, democráticas e fraternas entre as pessoas – diz o documento.

Porém, poucas horas após a publicação do programa de governo, Marina Silva publicou uma nota de esclarecimento, afirmando que havia tido uma “falha de editoração” no documento divulgado pela internet.

Defesa ao casamento gay

A versão inicial do documento divulgado pela equipe de campanha de Marina Silva afirmava, entre outras coisas, o compromisso da candidata em “apoiar propostas em defesa do casamento igualitário, com vistas para à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição Civil”.

O documento defendia também a criação de um material didático “destinado a conscientizar sobre a diversidade de orientação sexual e às novas formações de família”.

Tendo a defesa do casamento gay como principal ponto de polêmica, o programa de governo de Marina Silva motivou uma série de discussões sobre suas posições políticas e religiosas.

Mudanças no programa

Menos de 24 horas após a publicação do documento no qual defendia o casamento gay, Marina Silva publicou uma nota afirmando que o documento divulgado estava incorreto e que trazia informações erradas por uma “falha processual na editoração”.

- Em razão de falha processual na editoração, a versão do Programa de Governo divulgada pela internet até então e a que consta em alguns exemplares impressos distribuídos aos veículos de comunicação incorporou uma redação do referido capítulo que não contempla a mediação entre os diversos pensamentos que se dispuseram a contribuir para sua formulação e os posicionamentos de Eduardo Campos e Marina Silva a respeito da definição de políticas para a população LGBT – afirmou a candidata na nota.

Na nova versão do documento, vários pontos sensíveis foram modificados, como a redação que defende o casamento igualitário para pessoas do mesmo sexo, que foi substituída pela promessa de que seu governo irá “garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”
Foram retirados também do documento os trechos que defendiam a criação de material didático para educar crianças sobre “novas formações de família”, e a promessa de apoio à aprovação da polêmica PLC 122/06.

Veja o “antes e depois” do trecho do documento sobre direitos LGBT:

ADENDO ADHT: Marina quer agradar a dois senhores: Deus e Ball. Isto é impossível, segundo a Bíblia. Veja o que ela diz nas duas versões de seu programa quanto á AGENDA GAY.
Que candidata é essa? O que ela fez pelo Acre como Senadora, e que se compromete a avançar com a AGENDA GAY, segundo seu programa de governo nesta área. Não podemos, como cristãos, apoiar uma pessoa que teve a coragem de se posicionar a favor da AGENDA GAY e já derrapou no "ASSASSINATO DE BEBÊS", ficando em cima do muro.  Veja o que diz um pastor que é Engenheiro Sanitarista do Acre sobre Marina também, no link:

"Marina e os amigos coronéis do PT acriano... UM CIPOAL DE CONTRADIÇÕES"! no link:
http://defesa-hetero.blogspot.com/2014/08/marina-e-os-amigos-coroneis-do-pt.html#.VAM_D2NP214 

"Marina e os amigos coronéis do PT acriano...UM CIPOAL DE CONTRADIÇÕES"!


UM CIPOAL DE CONTRADIÇÕES

Escrito por Luiz Calixto | 27 Agosto 2014
Se nos próximos 40 dias, o povo brasileiro não descobrir que Marina Silva é um cipoal de contradições é quase certo que ela será a próxima "presidenta" do Brasil.

No debate de ontem, 26, na Band, isso pode ficar muito claro.

Marina quer administrar o pais pescando os melhores do PMDB,do PSDB, do PP, do PT e de todos outros "Pês", como se Renan Calheiros não mandasse no PMDB, Paulo Maluf não desse as cartas no PP e assim por diante.


Marina questiona os juros do sistema bancário, mas é a queridinha de Neca Setúbal, herdeira do império do Itaú o banco com maior lucro no Brasil.

Marina disse ser a favor do agronegócio, o segmento que mais contribui com o desempenho da economia brasileira, mas é patronesse de um código florestal que se posto em vigor, levará o setor para o vinagre.

Marina se comporta como professora de educação moral e se acha a inventora da ética, mas, no Acre e no Brasil, ninguém escutou a voz dela contra os escândalos do governo petista.
Por fim, esperar que Marina faça algo a mais pelo Acre é perda de tempo: como ela se diz republicana e pura demais e teria medo da imprensa nacional, seríamos tratados, mais ou menos,  como "casa de ferreiro espeto de pau."
 
Julio Cesar P. Mattos
Eng. Sanitarista-Ambiental-Segurança do Trabalho
Doutorando em Biodiversidade e Biotecnologias da Amazônia

sábado, 30 de agosto de 2014

Candidata a deputada federal, Marisa Lobo recebe mais de 2 mil ameaças e xingamentos nas redes sociais no dia do psicólogo

Candidata a deputada federal, Marisa Lobo recebe mais de 2 mil ameaças e xingamentos nas redes sociais no dia do psicólogo

Publicado por Tiago Chagas em 29 de agosto de 2014 

Candidata a deputada federal, Marisa Lobo recebe mais de 2 mil ameaças e xingamentos nas redes sociais no dia do psicólogo A psicóloga e candidata a deputada federal Marisa Lobo (PSC-PR) sofreu um ataque em massa nas redes sociais na última quarta-feira, 27 de agosto, por conta das comemorações do dia do psicólogo.

Lobo é conhecida pela defesa do direito dos profissionais de sua área de expressarem sua fé fora do ambiente de trabalho, e também é ativista pró-vida e contra as drogas.

De acordo com levantamento feito em suas páginas nas redes sociais, foram mais de dois mil xingamentos e ameaças de internautas contrários às ideias que ela defende, e em sua maioria, ligados a movimentos abortistas, ateístas, LGBT e pró-maconha, além de militantes de partidos de esquerda e outros psicólogos.

A frase “não votem na psicóloga cristã” foi usada na maioria das mensagens, porém em alguns casos era possível ler que havia a incitação à denúncia contra Marisa Lobo junto à OAB, para que a entidade dos advogados movesse ação contra a candidatura dela por se declarar “psicóloga cristã”.

Marisa Lobo comentou que desde que seu embate com o Conselho Regional de Psicologia (CRP-PR) foi iniciado, as redes sociais tem sido usadas para atacá-la: “Esse ataque tem sido diário e essa foi mais uma tentativa de desconstruir a minha imagem, comprovando que minha candidatura está incomodando muita gente e que existe, sim, perseguição religiosa no país”, afirmou a candidata. No início de agosto, Marisa Lobo afirmou que registrou três denuncias no Núcleo de Combate aos Ciber Crimes, em Curitiba.

Em maio deste ano, o CRP-PR cassou o registro profissional de Marisa Lobo sob o argumento de que um psicólogo não pode declarar sua fé nas redes sociais. Como a decisão cabia recurso, Marisa recorreu e com base em um parecer da OAB, continua exercendo sua profissão normalmente, até que a decisão final seja divulgada.

O ambiente das redes sociais vem sendo usado por militantes políticos para atacar adversários. A mesma estratégia vem sendo usada pelo Partido do Trabalhadores para frear o crescimento da candidatura de Marina Silva (PSB) à presidência da República.

Veja imagens de parte das ofensas:




ADENDO ADHT: Vamos responder com um grande "NÃO" ATRAVÉS DAS URNAS aos favoráveis à DESTRUIÇÃO DOS VALORES MORAIS, DA FAMÍLIA E DO CASAMENTO TRADICIONAL, ABORTO E HOMOSSEXUALIZAÇÃO DE NOSSAS INOCENTES CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS.

AO VOTAR, PENSE NAQUELES QUE MESMO SEM SEREM PARLAMENTARES TEM SE POSICIONADO CORAJOSAMENTE CONTRA A APROVAÇÃO DA PEDOFILIA E HOMOSSEXUALIZAÇÃO DE NOSSAS CRIANÇAS.

A Dra. Marisa Lobo é  muito bem casada, mãe de duas filhas e uma lutadora contra todo este mal que está aí destruindo milhares de vidas de CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS COM O PROSELITISMO HOMOSSEXUAL DESENVOLVIDO PELAS ONG's GAYS. Veja como estão nossos INOCENTES ADOLESCENTES E JOVENS no link: 

PRECISAMOS DE PESSOAS ASSIM, NO CONGRESSO NACIONAL.

VAMOS DAR A MELHOR RESPOSTA AO CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL, TONI REIS, CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL.Temos provas de que ele está por trás de todo este movimento contra a Dra, Marisa Lobo, pois ele fez o mesmo contra mim, apenas por ter escrito uma carta endereçada a ele quando era presidente da ABGLT e ele a distribuiu a mais de 6.000 ATIVISTAS GAYS de todo  o Brasil, causando crimes como a INCITAÇÃO AO ÓDIO, CALÚNIAS, DISCRIMINAÇÕES RELIGIOSAS E POR SER IDOSO, INJÚRIAS E  DIFAMAÇÕES (CRIMES CIBERNÉTICOS) POR QUASE 600 ATIVISTAS GAYS, CONFORME SE PODE VER NOS EMAILS POR MIM RECEBIDO DESDE O FINAL DE 2010 ATÉ RECENTEMENTE.

ACOMPANHE O MATERIAL QUE SERÁ EDITADO EM BREVE NESTE BLOG.

ADHT - Associação para Defesa da Família e do Casamento Tradicional, contra o Abordo; e ajuda a homossexuais que desejam deixar esta prática maléfica contra o corpo, a alma e o espírito, conforme nos afirma a Paavra de Deus em mais de 56 textos.
ATENÇÃO PAIS: Estejam atentos ás ações desses Deputados Gays que fazem leis para liberar o 'USO DA MACONHA", favoráveis ao aborto, ao sexo ao ar-livre nas Paradas Gays, Saunas, Bares, Festas e Shows Gays. 

Nossas crianças e adolescentes estão sendo massacrados POR ESTES INESCRUPULOS INDIVÍDUOS AMANTES DO SEXO ANAL. DIGA NÃO A TODOS ELES, NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES! TONI REIS TRABALHA NA CÂMARA FEDERAL E RECEBE UM TREMENDO SALÁRIO PARA DEFENDER O SEXO "FECAL".

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

VÍDEO: DENÚNCIA CONTRA O PT, DILMA E O COMUNISMO? A COISA É MUITO SÉRIA...REPASSE!

Magno Malta critica Dilma por tentar proibir pregação do Evangelho em casas de recuperação: “Só o Evangelho recupera”; Assista

Publicado por Tiago Chagas em 28 de agosto de 2014 

Magno Malta critica Dilma por tentar proibir pregação do Evangelho em casas de recuperação: “Só o Evangelho recupera”; Assista O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) quer proibir as casas de recuperação mantidas por instituições religiosas de falar sobre fé durante o tratamento oferecido aos dependentes químicos, o que afetaria diretamente o trabalho social desenvolvido por diversas igrejas evangélicas.
O senador Magno Malta (PR-ES) criticou a portaria do Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (CONAD) – que é subordinado à presidente Dilma Rousseff (PT) -, dizendo que estava tentando “cortar o mal pela raiz”.
“Lamento que o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas prepare uma resolução pela qual as comunidades terapêuticas não poderão mais falar sobre religião com os pacientes”, disse o senador durante discurso no Congresso Nacional.
A norma que o CONAD pretende publicar em breve visa proibir o que a direção do órgão chamou de “proselitismo religioso”. Malta disse que essa portaria trata-se, na verdade, de uma tentativa de censura religiosa, e foi objetivo em seu contra-argumento: “Sabe qual é o remédio [para dependentes químicos]? É Deus de manhã, Jesus meio-dia e o Espírito Santo de noite”.
Malta ainda lembrou que as atividades voluntárias realizadas pelos cristãos no país impedem que a sociedade entre em colapso: “Sem o terceiro setor, sem o apoio das religiões e dos movimentos sociais, os usuários de drogas estariam cada vez mais abandonados. O governo é omisso e não quer deixar os dedicados voluntários agirem em defesa da vida”.

Por fim, o senador ressaltou que em todos os anos que trabalha com recuperação de dependentes químicos, nunca viu a metodologia tradicional alcançar resultados: 

“Eu não conheço ninguém que o Conselho de Medicina recuperou. 

Eu não conheço ninguém que foi recuperado pelo Ministério Público. 

Eu não conheço ninguém que o governo Dilma recuperou.

Eu não conheço ninguém que o SUS recuperou. 

Eu conheço milhões, milhares nesse país que foram recuperados pela fé, pela pregação do Evangelho”,
concluiu.

Assista:

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Uqp2FfToE1s


Eleições

O senador Magno Malta afirmou recentemente que o único candidato à presidência que representa a agenda da bancada evangélica é o pastor Everaldo (PSC): “Eu estou com o pastor, acho que ele é o único que encarna as crenças e os valores de família do público evangélico.

Vamos lutar para levá-lo ao segundo turno”, disse.

Malta afirmou ainda que há membros da bancada evangélica apoiando a evangelista assembleiana Marina Silva (PSB), mas minimizou o racha: “Os parlamentares evangélicos que estão apoiando Marina já não eram Everaldo”, disse ao jornalista Felipe Patury, da revista Época.

No entanto, Malta afirmou que Marina terá seu apoio se for ao segundo turno: “Meu apoio, no segundo turno, será de qualquer um contra o PT”.

Fonte : GospelMais

Tudo está muito complicado e o mundo muito complexo. Por que? E o que fazer?.

O mundo está muito complexo

Aposto que você também notou: viver está complicado. É muita senha, muita informação, muito ódio, muita opção, muita novidade, muito problema que parece ser insolúvel. Por quê? E tem cura?

por Denis R. Burgierman
Tenho quase certeza de que você sabe do que eu estou falando. Uma certa angústia, uma sensação de que tudo está escorregando do controle. E também uma pitada de desânimo com a ordem geral do mundo, como se não adiantasse fazer nada, porque qualquer esforço vai se perder numa série de consequências inesperadas, e pode até acabar tendo efeito contrário ao pretendido. Caceta, de onde vem isso?

A vida está complicada demais. É muita senha para decorar, muita lei para seguir, muita conta para pagar. É muito trânsito. Muito carro na rua, disputando espaço com caminhão de lixo, e é também muito lixo na calçada à espera de alguém que o recolha. É muito risco, muito crime, muita insegurança.

É muito partido político, e nenhum deles parece minimamente interessado nas coisas que são importantes para você. É muita opção de trabalho, mais do que em qualquer momento da história, e ao mesmo tempo é muito difícil encontrar um trabalho que faça sentido. É muita doença estranha de que eu nunca antes tinha ouvido falar, e muita gente morrendo disso. É muita indústria tradicional, de ares eternos, desmoronando de um segundo para o outro. É muita gente saindo da escola sem saber ler nem fazer conta. É muito problema, e cada um parece impossível de resolver. Estou surtando? Só eu estou sentindo isso?

É complexo, mano

Por outro lado, o mundo está cheio de possibilidades, inclusive a de acessar informação ao toque de um dedo. Dei um google, encontrei um texto chamado Complexity Rising ("O aumento da complexidade"), do físico americano Yaneer Bar-Yam, fundador do Instituto de Sistemas Complexos da Nova Inglaterra.

Arrá, está lá: o mundo está mesmo ficando mais complexo, não é paranoia minha. O texto explica o que é complexidade: é o número de coisas conectadas umas às outras. Quanto mais partes um sistema tem, e quanto mais ligações existem entre essas partes, mais complexo ele é. Um exemplo de coisa complexa é o recheio do seu crânio: 86 bilhões de neurônios, cada um deles conectado a vários outros, um emaranhado quase infinito de possíveis caminhos a percorrer.

Segundo Bar-Yam, a sociedade humana vem constantemente aumentando de complexidade há milênios. No início, quando vovô era caçador-coletor e dava rolezinho na savana africana, vivíamos em grupos de no máximo umas dezenas de pessoas, e cada grupo era basicamente isolado dos outros. A complexidade da sociedade era mínima. Diante disso, nossas estruturas de controle eram bem simples. No geral, um chefe mandando e todo o resto da turma obedecendo - um general e os soldados, um chefe e a ralé.

Mas a moleza não durou. Primeiro surgiram impérios vastos (Egito, Mesopotâmia, China, Índia) com maior diversidade de necessidades e papéis sociais (escribas, escultores, cozinheiros, prostitutas). A complexidade foi aumentando.

Diante disso, já não funcionava mais o sistema simples de controle direto. Segundo Bar-Yam, existe uma lei universal e sagrada dos sistemas complexos: "a complexidade de um sistema realizando uma tarefa deve ser tão grande quanto a complexidade da tarefa". Como um faraó é menos complexo do que a sociedade egípcia, não seria possível para o faraó regular e controlar todos os aspectos dessa sociedade. Por isso, foram surgindo hierarquias intermediárias: o mestre de obras para organizar a peãozada, o capitão de navio para mandar na marujada, a madame para cuidar das garotas.

E a humanidade seguiu ficando cada vez mais complexa, mais intrincada, mais especializada. E, para dar conta disso, as hierarquias foram ganhando mais e mais níveis - diretor, vice-diretor, gerente, subgerente, auxiliar, terceiro-auxiliar do subgerente do vice-diretor. Só assim para cada chefe lidar com a complexidade do que está abaixo dele. Até chegar a hoje, quando vivemos na sociedade mais complexa de todos os tempos. Só que aí as hierarquias pararam de funcionar - colapsaram. O mundo ficou tão complexo que ficou impossível para um chefe dominar a complexidade abaixo dele.

Quando Bar-Yam tornou-se especialista em sistemas complexos, na década de 1980, esse não era um ramo glamouroso da ciência. Os físicos preferiam áreas ultraespecializadas e achavam o estudo de grandes sistemas uma coisa meio esotérica. Ele insistiu e sua dedicação valeu a pena. No mundo complexo de hoje, Bar-Yam e seu instituto estão atraindo um monte de clientes importantes.

O exército americano procurou-o para entender como lutar contra inimigos ligados em rede, misturados à população civil em cidades labirínticas - situação bem mais complexa do que as guerras de antigamente. Bar-Yam também tem trabalhado como consultor na reforma dos sistemas de saúde e educação dos Estados Unidos, na estratégia do Banco Mundial para ajuda humanitária e na concepção de grandes projetos de engenharia. Não está faltando trabalho.

Parecia o sujeito certo para resolver meu problema. Escrevi um e-mail para ele, perguntando se há "algumas regras simples que ensinem a lidar com complexidade?" (editores de revistas adoram fórmulas simples). Bar-Yam já chegou detonando: "não há regras simples para lidar com o que é complexo". Mas, se eu quisesse aprender os princípios gerais da gestão da complexidade, eu poderia comprar o livro dele, Making Things Work ("Fazendo as coisas funcionarem", sem versão em português).

Comprei. O livro é ótimo. A tese central é que todo sistema complexo tem duas características: a escala e a complexidade. Para fazer um sistema complexo funcionar, é preciso ter uma estratégia para a escala e outra para a complexidade.

Exemplo: o corpo humano tem dois sistemas de proteção, um para escala, outro para complexidade. O sistema neuromuscular (cérebro comandando nervos que acionam músculos que movem ossos) serve para escala, enquanto o sistema imunológico (glóbulos brancos independentes agindo cada um por conta própria) lida com complexidade. O neuromuscular nos defende de ameaças grandes - surras, atropelamentos, ladrões. O imunológico lida com inimigos minúsculos - bactérias, vírus, fungos. Por terem funções diferentes, os dois sistemas adotam estratégias diferentes.

No neuromuscular, a lógica é hierárquica, centralizada e linear - o cérebro manda, nervos e músculos obedecem, todos juntos, orquestrados, somando esforços numa mesma direção, para gerar uma ação em grande escala (um soco, por exemplo). Já no sistema imunológico, cada célula age com liberdade e se comunica com as outras, o que gera milhões de ações a cada segundo, uma diferente da outra, cada uma delas microscópica, em pequena escala - e o resultado final é uma imensa complexidade, com o corpo protegido de uma quantidade quase infinita de possíveis ameaças.

Para viver saudável é preciso ter os dois sistemas: neuromuscular e imunológico. Um sem o outro não adianta. Não há nada que um bíceps forte possa fazer para matar uma bactéria, assim como glóbulos brancos sarados são inúteis numa briga. É assim com todo sistema complexo: precisamos de algo hierárquico para lidar com a escala das coisas, e de algo conectado em rede para a complexidade.

O problema do mundo de hoje, e a razão para o desconforto descrito no começo deste texto, é que nossa sociedade está toda ajustada para lidar com escala, mas é absolutamente incompetente na gestão da complexidade. Estamos combatendo infecção a tapa. Tudo por causa de uma invenção que está completando 100 anos.

O século da escala

Foi talvez a invenção mais transformadora da era contemporânea, mas ninguém registrou o nome do inventor, nem a data do "eureca". Na verdade, ninguém nem mesmo deu um nome ao invento. Só cerca de um ano depois, uma revista técnica de engenharia fez o batismo: linha de montagem.

Segundo as pesquisas do historiador David Nye em seu livro America¿s Assembly Line ("A linha de montagem da América", sem versão em português), a invenção da linha de montagem ocorreu em algum momento de novembro de 1913. A dificuldade de estabelecer uma data precisa vem do fato de que a invenção foi gradual, coletiva e aconteceu quase espontaneamente. Ela não foi uma ideia espocando do nada na mente de algum cientista brilhante - foi uma resposta social a uma necessidade premente.

A necessidade era aumentar a produção de carros. Em 1900, só 5 mil americanos tinham carro - apenas 13 anos depois, já eram mais de 1 milhão. Centenas de fábricas trabalhavam sem parar para atender a essa explosão da demanda, mas ainda assim as fábricas recebiam mais pedidos do que eram capazes de atender. Isso gerou uma corrida entre as fábricas por ganhos de produtividade.

Quem ganhou essa corrida foi a empresa de um mecânico chamado Henry Ford. No esforço de poupar segundos e assim fazer mais carros por dia, os mecânicos e engenheiros da Ford foram aprimorando seu processo. Começaram a padronizar milimetricamente cada peça do carro, para acelerar os encaixes. Cronometraram cada movimento dos mecânicos, para descobrir o melhor jeito de fazer cada tarefa. E, a cereja do bolo: inverteram a lógica da fábrica. Em vez de grupos de mecânicos andando de uma carcaça a outra para montar os carros, eram os carros que se moviam num trilho, puxados por cordas, no meio de um corredor de mecânicos. Cada mecânico realizava uma tarefa curta e repetitiva, de maneira que nenhum deles tinha mais o domínio do processo todo. Resultado: a fábrica começou a despejar nas ruas um carro novo a cada minuto.

Em 1910, a Ford tinha feito 19 mil carros. Em 1911, 34 mil. Em 1912, 76 mil. Em dezembro de 1913, a linha de montagem começou a operar. Em 1914, a empresa montou 264.972 carros - todos idênticos. Um aumento de produtividade descomunal, que possibilitou a Henry Ford dobrar o salário de seus operários e ao mesmo tempo baixar o preço dos carros, transformando operários em clientes.

O sucesso foi tão grande que, nas décadas que se seguiram, a lógica da linha de montagem se espalhou por toda a indústria, em todo o mundo. Bicicletas, geladeiras, telefones, televisores passaram a ser montados em esteiras rolantes ou trilhos, com peças sempre iguais montadas por trabalhadores superespecializados. Até mesmo a comida se encaixou nesse esquema: nossos alimentos também passaram a ser padronizados e montados industrialmente com acréscimos químicos de nutrientes. Prédios passaram a ser produzidos com peças idênticas e tarefas cronometradas, o que inaugurou a era dos arranha-céus nos anos 30.

Nossa vida está cheia de linhas de montagem - o carrinho do supermercado passando entre corredores de produtos, o automóvel trafegando em rodovias rodeadas de lojas, as filas de carros nos drive-thrus do mundo. Ao longo do último século, a lógica da linha de montagem chegou a todas as esferas da vida.

A educação, por exemplo. "As escolas hoje são organizadas como fábricas", disse o educador britânico Ken Robinson numa palestra no TED. "Educamos crianças em lotes", disse, referindo-se ao hábito de separar os alunos em séries. Saúde, governo, cidades, cultura, ciência. Praticamente tudo nessa alvorada do século 21 parece seguir o mesmo esquema: divisão do trabalho numa sequência linear de tarefas especializadas, montagem gradual das peças, ganhos constantes de eficácia, produtos padronizados. "A linha de montagem passou a ser muito mais que um arranjo físico de máquinas", disse Nye. "Ela é o centro de um sistema cultural que se estende até muito além dos portões das fábricas." Esse sistema cultural aumentou de maneira explosiva a escala de tudo.

E esse aumento de escala mudou o mundo de uma maneira espetacular. Quando os funcionários da Ford conceberam a linha de montagem, havia menos de 2 bilhões de pessoas no mundo inteiro. Hoje, apenas um século depois, já passamos dos 7 bilhões - um aumento populacional quase inacreditável que só foi possível graças a um espetacular ganho global de produtividade.

A produção de comida, de casas e de bens de consumo aumentou astronomicamente para atender tanta gente. E, mesmo com a explosão populacional, hoje a proporção de pessoas no mundo com acesso a saúde e educação é maior que nunca, graças ao ganho de escala alcançado pelos serviços públicos. A população global produz mais, consome mais, vive mais, sabe mais do que em qualquer outro período da história humana. Esse é o resultado de 100 anos da era da escala. Sob muitos aspectos, foi o maior salto de progresso da história da humanidade. Por que então o mal-estar?

O século da complexidade

Lembre-se do que Bar-Yam escreveu: todo sistema complexo precisa ter uma estratégia para lidar com escala e outra para a complexidade. A linha de montagem é como o sistema neuromuscular - ótima para escala.

Ela é linear e hierárquica - são os executivos que mandam nos engenheiros, que por sua vez controlam os mecânicos, assim como o cérebro comanda nervos que acionam músculos. Por isso, ela só consegue dar uma resposta de cada vez: um soco no caso do sistema neuromuscular, um carro sempre idêntico no caso da linha de montagem. Nossa sociedade moldada ao longo dos últimos 100 anos à imagem da linha de montagem é ótima para ações de escala, mas não tem flexibilidade alguma para lidar com complexidade. Estamos sem sistema imunológico.

"É fácil ficar pessimista com o mundo de hoje", diz Bar-Yam. Em meio às inúmeras linhas de montagem que dominam a humanidade, parece que toda a complexidade do mundo está fugindo do nosso controle, enquanto nos sentimos impotentes para resolver problemas à nossa volta. É essa a história que o ilustrador Marcio Moreno procurou contar no desenho surreal que percorre estas páginas.

Por todo lado, há exemplos de ações de escala que acabam esmagando a complexidade. Por exemplo: nosso modelo de produção industrial, que aumentou prodigiosamente nossa capacidade de fazer coisas, mas está causando um acúmulo global de lixo e gases de efeito estufa e levando milhares de espécies à extinção e quase todos os ecossistemas ao colapso. Ou nossas tentativas industriais de aumentar a segurança, o que hiperlotou o mundo de regras impossíveis de cumprir e de senhas impossíveis de lembrar.

Ou nossos sistemas de alimentação e saúde, que focaram tanto na escala da produção de alimentos, de maneira a baratear a comida, que a complexidade dos micronutrientes se perdeu. E hoje, pelo visto, estamos pagando o preço, com a explosão das "doenças complexas": males difusos, de causas múltiplas, como câncer, doenças autoimunes, degenerativas e psiquiátricas.

Ou ainda nosso sistema de educação, concebido com uma lógica linear e padronizadora, para formar alunos idênticos, todos com os mesmos conhecimentos. Além de nivelar por baixo, detonando a qualidade da educação, esse modelo padronizador é justamente o contrário do que nosso mundo complexo precisa hoje - gente diversa, capaz de resolver problemas diversos.

Segundo Bar-Yam, desde o tempo das cavernas, sempre que algo começa a pifar porque a complexidade fica grande demais, "temos uma forte tendência de tentar descobrir quem é o responsável. Alguém tem que ser demitido, alguém tem que pagar, alguém tem que ser punido", diz. E aí escolhemos um novo chefe ou criamos uma nova hierarquia para lidar com o problema. Só que hierarquias são péssimas para gerir complexidade. O único jeito de lidar com sistemas complexos é criando estruturas de controle complexas: redes de gente com autonomia de identificar e resolver problemas.

Perguntei a Bar-Yam como o Brasil deveria lidar com nossos frustrantes políticos. Ele respondeu que o problema não é só do Brasil. "Precisamos de um novo tipo de democracia", disse. "Nossa democracia usa o voto para agregar a capacidade de decisão da população. Isso não é eficiente, porque reduz uma grande quantidade de informação (o conhecimento de todos os cidadãos) a um pequeno número de respostas (os seus representantes)". Faria mais sentido imaginar um sistema político mais imunológico, no qual cada cidadão reage com autonomia às ameaças que enxerga, como um glóbulo branco. Política, economia, saúde, educação, sustentabilidade, clima, cidade. Em todo lugar onde há complexidade, parece estar ocorrendo uma espécie de colapso. Mas, assim como aconteceu 100 anos atrás com a linha de montagem respondendo à nossa necessidade de escala, desde a década de 1990, uma série de inovações parece estar surgindo espontaneamente em resposta à nossa necessidade de complexidade. Primeiro veio a internet, que nos conectou em rede, criando uma alternativa para as estruturas hierárquicas. E agora as inovações estão pipocando.

Tem todos os esquemas de compartilhamento de recursos - quartos, casas, carros, bicicletas, ferramentas, espaço para trabalhar - nos ajudando a otimizar o uso de recursos. Tem os moradores que assumem a responsabilidade por cuidar dos espaços públicos e criam praças melhores do que qualquer prefeito seria capaz. Tem os sites de crowdfunding, crowdsourcing e as outras formas de colaboração criativa, que geram um novo modelo de indústria. Tem os aplicativos de trânsito, como o Waze, que dão a cada motorista o poder de encontrar um caminho que flui, o que acaba melhorando o trânsito como um todo. Tem as redes de pacientes de doenças raras, trocando informações pela internet e muitas vezes ajudando uns aos outros mais do que nosso sistema superespecializado de medicina. Tem as manifestações parando as ruas do mundo e forçando os dirigentes políticos a repensarem sua relação com os cidadãos. Tem as grandes empresas, trocando o comando vertical por estruturas de controle mais distribuído.

E, em 2014, o mundo parece estar preparado para uma transformação profunda - possivelmente tão profunda quanto aquela de 1914. Talvez aí essa angústia com a complicação da vida passe. "Quando somos parte de um time complexo, o mundo se torna um lugar notavelmente confortável, porque conseguimos agir de maneira eficaz, ao mesmo tempo em que estamos protegidos da complexidade do mundo", diz Bar-Yam. Enquanto isso não acontece, talvez ajude saber que a origem do problema não está em nós. É o mundo que está organizado errado.


A primeira linha

Já entramos na vida por uma linha de montagem. O Brasil é um dos países que mais fazem partos por cesárea, o que permite um ritmo industrial: procedimentos rápidos e padronizados, com hora marcada, e mulheres anestesiadas, para não atrapalharem o processo.

Alunos idênticos


A educação básica é padronizadora, com alunos divididos em séries (lotes), e o mesmo conteúdo ensinado a todos. Alunos com talentos únicos são enquadrados, nivelando o sistema por baixo e reduzindo a diversidade da sociedade.

Doping escolar

Num modelo industrial de educação, é desejável que os alunos sejam padronizados, assim como as peças numa linha de montagem. Talvez isso explique a "epidemia" de déficit de atenção nas crianças ocidentais. Remédios psiquiátricos então "padronizam" o temperamento.

Mundo hierárquico

A educação produz adultos talhados para uma sociedade hierárquica - uns são formados para mandar, outros para obedecer, como exige a sociedade industrial. Quase ninguém aprende a trabalhar de forma colaborativa e a resolver problemas juntos, como exige o mundo complexo.

Engarrafamento sem fim

Num mundo hierárquico, as pessoas são obcecadas por sinais de diferenciação social - e o mais poderoso deles é o carro. Não é à toa que 10 mil novos carros chegam às ruas do Brasil por dia, e que como consequência a velocidade média de um carro seja equivalente à de uma galinha.

Consumo em massa

Numa sociedade industrial de escala, não basta haver produção em massa - o consumo precisa ser em massa também. Por isso, os maiores prédios dos nossos tempos, equivalentes às catedrais na Idade Média, são os shopping centers, que se transformaram nas áreas preferidas para o lazer. E haja rolezinho.

A última linha

A vida segue com sua lógica industrial até o final. A maioria das pessoas morre em UTIs de hospitais, depois de uma longa e cara agonia que quase sempre consome mais recursos do que todos os gastos médicos de uma vida inteira. UTIs são lugares impessoais, que mantêm os pacientes longe das pessoas que importam para eles. 

NOVA BADERNA NACIONAL: "O rolezinho e a desumanização dos pobres. Será? .


O rolezinho e a desumanização dos pobres

Como uma reação histérica colocou adolescentes entediados no centro do debate político nacional - sem que eles tivessem nada a ver com isso

por Leandro Beguoci*

O rolezinho virou o assunto do verão de 2014. O fato de jovens entediados se encontrarem em shoppings não é novo. Novo mesmo é o jeito como os jovens viraram coadjuvantes da própria história que criaram. Foram desumanizados. Um arrastão de palavras de ordem, à direita e à esquerda, tomou conta do debate. De repente, festas de funk ostentação viraram manifestações contra a civilização ocidental e as reações negativas a elas, uma prova irrefutável do apartheid brasileiro. À direita, o discurso não era menos radical: aquilo era baderna, arrastão, e deveria ser coibido a borrachadas pela PM.

O fato mesmo é que ninguém tem ideia do que esses jovens pensam, mas todo mundo acha que sabe o que eles deveriam pensar. E os sujeitos do rolezinho se tornaram categorias para defender posições no debate histérico que vem se desenhando para este ano eleitoral. E isso acontece, também, porque a periferia ainda é pouco conhecida nos bairros ricos - um Cazaquistão que fala português.

Os shoppings dos rolezinhos são espaços privados e bem organizados no meio de áreas violentas e pobres. Eles são frequentados tanto por jovens querendo se divertir quanto por famílias que querem levar a avó para comer no McDonalds. Há poucos espaços e muitos grupos distintos querendo usá-los. Para complicar, em áreas muito violentas, todo mundo é uma ameaça. Quando algo sai do escopo, a primeira reação é apelar para a força. Os policiais, então, agem como de costume: na base da força bruta. Eles se comportam como uma frente de segurança preventiva, a mando de uma organização privada, para reprimir pessoas que não cometeram nenhum crime. E praticam descalabros. Há o caso, bizarro, do menino que foi comprar uma aliança e acabou multado e agredido.

Para começar a entender tudo isso, precisamos ir a fundo - e aos bairros distantes do centro de São Paulo. Quando surgiram as primeiras notícias sobre os rolezinhos, eu mesmo fiz uma viagem particular pelo tempo. Aqueles adolescentes eram uma versão mais numerosa dos meus amigos de Caieiras - a cidade onde cresci, nos anos 90, na periferia da Grande São Paulo. Para nós, um shopping era o máximo a que se podia aspirar. Mas há algumas diferenças ao longo dessas duas décadas.

Uma é a internet. Ela deu visibilidade e tamanho a esses encontros, que sempre aconteceram. A outra é o crescimento da classe C, que levou os shoppings até as periferias da cidade. Só por esses fatores, podemos descartar as teses extremadas da esquerda e da direita.

Primeiro, não se trata de marginais, como gostaria a direita. Segundo, é difícil ver protesto político, como imagina a esquerda. Que protesto pode existir na vontade de usar um tênis de mil reais? Ou de "invadir" um espaço que esses jovens frequentam desde sempre, em grupos menores? Além disso, é complicado taxar de elitismo ações de pessoas da periferia contra pessoas da periferia.

Talvez os problemas com o rolezinho passem por outras chaves, para abrir novas portas. A primeira é etária. Jovens vão sempre desafiar os pais, os adultos, quem quer que seja. Outra é a que abre as portas da diversidade da periferia. Pesquisas mostram que quem mora no limite de uma favela, mas não no seu coração, quer distância das pessoas que vivem nas áreas mais pobres da comunidade. É o preconceito e a diferenciação dentro da mesma classe social. Os vendedores desses shoppings da periferia, tão pobres quantos os seus clientes, torcem o nariz para aquelas pessoas que são tão próximas, mas de quem eles gostariam de manter distância. Além isso, os adolescentes do rolezinho também querem se distinguir - mas dos colegas de bairro que não têm um boné caro. A reação aos rolezinhos, por outro lado, conta uma história bem mais simples. É sobre o momento em que vivemos. Quando a notícia da diversão de multidões de adolescentes chegou ao lado privilegiado das pontes dos rios Tietê e Pinheiros, acabou filtrada pelas lentes do debate radical que tomou conta do país.

A micareta de roupas caras é engolida por um campeonato nacional de associação livre, em que cada lado atribui um valor a esses encontros de acordo com a conjuntura política. O fenômeno deixa de ser analisado em si, e passa a servir de arma numa briga maior. Esses jovens se tornam aríetes de uma luta da qual eles não têm a menor ideia de que estão participando.

No fundo, não há razão para idolatrar ou demonizar os rolezinhos. Talvez haja furtos, e não há nada que a polícia possa fazer senão impedi-los. Mas também não faz sentido receber os rolezinhos a pancadas de cassetete, como vem acontecendo, ou tentar se apropriar deles para defender causas que são estranhas aos jovens da periferia de São Paulo. Os rolezinhos são o que são. E merecem estudos, debates e reflexões mais lúcidos do que vêm merecendo até agora.

Porque há uma série de questões que estão em aberto e precisam ser respondidas: como a diferenciação social acontece dentro dos bairros da periferia? Como o consumo e a ostentação se tornaram sinônimo de diversão? Qual o limite dos espaços públicos e privados? E, claro, como lidar com multidões que, no fim das contas, só querem mesmo paquerar e driblar o tédio?

*Leandro Beguoci é jornalista e editor do site Oene, onde este artigo foi originalmente publicado, numa versão estendida.



Foto: thinkstockphotos.com

Veja por que João Goulart (Jango) foi expulso da Presidencia do Brasil.na década de 60 !.

Os EUA derrubaram o presidente do Brasil?

Arquivos recém-abertos revelam toda a influência dos americanos no Golpe de 64. Eles bancaram os golpistas, tinham tropas prontas para intervir e seu favorito sucedeu Jango. Não é conspiração: é história

por Jennifer Ann Thomas
John Kennedy tinha um brinquedo novo. Quando os convidados chegaram, o presidente apertou um botão escondido na lateral de sua mesa, acionando um microfone ali no Salão Oval e um gravador no porão da Casa Branca. Era a estreia de uma engenhoca secreta que registrou 260 horas de conversas sigilosas.

Olha que coincidência: a primeira gravação é sobre o Brasil. Das 11h52 às 12h20 de 30 de julho de 1962, debateu-se o futuro e a fritura do presidente João Goulart. O embaixador americano no Brasil, Lincoln Gordon, disse que Jango estava "dando a porcaria do país de graça para os..." "...comunistas", completou Kennedy. O assessor Richard Goodwin ressaltou: "podemos muito bem querer que os militares brasileiros tomem o poder no final do ano". Isso quase dois anos antes do Golpe de 64.

Desde 1961, com a chocante renúncia de Jânio Quadros e a conturbada posse de Jango, as reuniões de Kennedy sobre nosso país eram monotemáticas: como impedir que o Brasil se tornasse uma gigantesca Cuba? Apesar disso, Lincoln Gordon, embaixador no Rio entre 1961 e 66, morreu em 2009, aos 96 anos, negando que os americanos teriam participado do golpe. Durante e após a ditadura, que foi até 1985, muitos pesquisadores brasileiros menosprezaram o papel dos americanos, tachando investigações nesse sentido de paranoia e teoria da conspiração. Mas documentos revelados nos últimos anos contam uma história diferente, que vai sendo revelada aos poucos.

Parte desse material ganhou destaque no documentário O Dia que Durou 21 Anos, da dupla de filho e pai Camillo e Flávio Tavares - autor de um grande livro sobre a luta contra o regime, Memórias do Esquecimento. O filme apresenta gravações e documentos oficiais e expõe justamente a articulação do governo americano e dos militares brasileiros contra Jango. Arquivos recém-abertos nos EUA estão mexendo até com obras definitivas: os quatro livros do jornalista Elio Gaspari serão reeditados levando em conta as gravações clandestinas de Kennedy e de seu sucessor Lyndon Johnson. E ainda há muito a ser revelado: Carlos Fico, historiador da UFRJ, estima que mesmo com a Lei de Acesso à Informação ainda não se analisou nem 20% dos arquivos dos órgãos de repressão brasileiros.

De qualquer forma, as informações disponíveis já permitem cravar: Jango caiu com um empurrão dos Estados Unidos. O governo americano instigou os militares, financiou a oposição, boicotou a economia e tinha tropas e navios prontos se fosse necessário intervir. Não foi. Em boa parte, graças ao próprio João Goulart, um presidente que até hoje desafia classificação.

JANGO LIVRE

O vice-presidente João Goulart soube da renúncia do presidente Jânio Quadros após uma viagem oficial à China, durante uma missão extraconjugal em Cingapura. Em 2014, após 29 anos de democracia ininterrupta, seria uma surpresa se o vice não assumisse, seja quem for e esteja onde estiver. Em 1961, a regra não era tão clara. Aliás, era feita para confundir: havia eleição para presidente e também para vice. Os vencedores podiam ser de campos opostos. E, em 1960, foram: Jânio era um salvador-da-pátria de direita, Jango um para-raios de todas as tempestades à esquerda. Quando o presidente deixou o campo após sete meses, seu reserva era de outro time. E o árbitro - nesse caso, as Forças Armadas - não quis que o reserva entrasse.

Jango foi defendido em seu Estado natal, o Rio Grande do Sul, onde o governador (e seu cunhado) Leonel Brizola criou a Campanha da Legalidade para impor sua posse. Com a nação à beira da guerra civil, aceitou ser presidente em um regime parlamentarista. Ganhou o cargo, mas não o poder.

Mesmo enfraquecido, ele assustava Kennedy, que o recebeu em abril de 1962. A primeira-dama Maria Thereza Goulart, rival à altura de Jacqueline Kennedy, encantou Washington, mas os EUA mantiveram dois pés atrás com Jango. Para os americanos, ele era um radical livre. Além de manter boas relações com Cuba, defendia impostos pesados e até a expropriação de empresas americanas no Brasil. Os relatos de Gordon sugeriam que ele se tratava de uma marionete de Moscou.

Em janeiro de 1963, a 14 meses do golpe, Jango recuperou os poderes presidenciais: 91% votaram contra o parlamentarismo em um plebiscito. O pleito tinha sido convocado por ele, o que os americanos compararam a "uma jogada de Garrincha, um jogador de futebol que corre grandes riscos esperando obter grandes ganhos". Mas ser contra o parlamentarismo não significava ser a favor de Jango. Sim, ele contava com o apoio dos pobres: uma pesquisa do Ibope às vésperas do golpe e não divulgada na época mostrava uma aprovação de 86% entre as classes baixas de São Paulo. Mas um levantamento do oposicionista Aníbal Teixeira no mesmo período mostrava que o golpe era apoiado por 80% do exército, 72% dos empresários, 66% do clero e 58% dos estudantes. Na imprensa, tinha fama de indeciso e incompetente. Havia a suspeita de que ele planejava realizar seu próprio golpe, com o apoio da esquerda.

Jango estava encurralado, e muito por culpa dele mesmo. A história seria diferente se ele tivesse apoio dos americanos? Ou dos militares brasileiros? Se bem que aí é especular demais. O alinhamento desses dois grupos não teve início nesse golpe nacional, mas muito antes, em uma guerra mundial.

COMANDOS EM AÇÃO

Precisou que um submarino alemão afundasse cinco navios brasileiros em 40 horas para que Getúlio Vargas deixasse de manobras e entrasse na Segunda Guerra contra Hitler. Isso foi em 1942. Só em 1944 os primeiros brasileiros chegaram à Itália para lutar sob comando dos EUA. A Força Expedicionária Brasileira era formada por 25 mil pracinhas. O contingente, metade do previsto, era mal equipado e mal preparado - houve meses de treinamento suplementar em solo italiano. Cientes de que organização não era nosso forte, os americanos escolheram como oficial de ligação entre os dois exércitos alguém cujo principal talento era o jogo de cintura: Vernon Walters.

Sem diploma universitário, e militar há apenas três anos, Walters era fluente em sete idiomas. Inclusive português, que aprendeu guiando militares lusitanos em visita aos EUA. Conquistou os brasileiros com gestos simples, como o de conseguir casacos para nossos soldados enfrentarem o inverno nos alpes. Além de condecorações, ganhou o posto de adido militar no Rio de Janeiro entre 1945 e 48.

O período após a Segunda Guerra foi de muito intercâmbio entre oficiais brasileiros e americanos. Após o convívio com forças realmente armadas na Europa, nossos militares pressionavam o governo por mais máquinas, armas e experiência. Centenas foram estudar no exterior, principalmente na Escola das Américas no Panamá, centro de treinamento criado pelos Estados Unidos, e na National War College, inspiração para a criação da nossa Escola Superior de Guerra. Independente do endereço, a ideologia era uma só: eliminar o comunismo.

Esse objetivo não era apenas de militares, mas também de civis. Uma tarefa importante dos agentes da CIA era monitorar a América Latina para avaliar a possibilidade de golpes que evitassem "novas Cubas". Sean Purdy, canadense professor de história dos Estados Unidos na USP, explica que a agência americana não possuía uma fórmula: podia haver envio de tropas ou apenas apoio logístico e financeiro. E aliados eram imprescindíveis. "Nenhum golpe apoiado pelos americanos aconteceu sem que o país tivesse forças internas para articulá-lo. Ele não era imposto a outras nações. Os EUA têm a sua culpa, mas, também no caso do Brasil, havia parte da sociedade que apoiava a derrubada do governo", explica Purdy. Durante a Guerra Fria, estima-se que a CIA tenha participado de, no mínimo, 26 golpes de estado.

Naquela primeira reunião grampeada por Kennedy ficou decidido que os EUA apoiariam um golpe militar no Brasil. E que o homem para saber quando e como esse golpe aconteceria era: Vernon Walters. Quando desembarcou no Rio em outubro de 1962 para reassumir o posto de adido militar, 13 generais brasileiros lhe esperavam para dar as boas-vindas.

Para James Green, historiador da Universidade Brown, o fato de Walters cair em um ambiente simpático facilitou sua missão de instigar a derrubada de Jango. O conhecimento acumulado facilitava a ida de um conspirador a outro. Em seu livro de memórias, Walters desconversa: conta que gostava muito de tomar sorvete com os seus amigos, e que não conversava sobre política nesses momentos. "Duvido que isso fosse possível", diz o historiador americano. Apesar de não haver registros, Green acredita que Walters era influente o suficiente para, de forma sutil, deixar claro o nome que mais agradava aos EUA para ser o primeiro presidente após o golpe. A honra coube justamente a um companheiro de Vernon da Segunda Guerra, um general cearense com quem o americano chegou a dividir o quarto: Humberto de Alencar Castello Branco.

A COR DO DINHEIRO

Nem só de tramas ocultas vive uma conspiração. Também é preciso abrir a carteira. Além de financiar adversários de Jango, os EUA o desestabilizavam negando financiamentos ao Brasil.O apoio aos políticos vinha da Aliança para o Progresso, programa criado no início da gestão Kennedy. Nas eleições estaduais e parlamentares de 1962, era fundamental impedir um crescimento da esquerda brasileira. Rolou uma espécie de mensalão americano: a Aliança distribuiu entre os adversários de Jango US$ 5 milhões - metade do que havia custado a campanha presidencial de Kennedy em 1960. Gordon chamava os contemplados de "ilhas de sanidade". Caso de João Cleofas, que perdeu a disputa em Pernambuco para Miguel Arraes, e de Carlos Lacerda, que já era governador da Guanabara e assumiu o papel de porta-voz da oposição. O repasse dessa verba marca o início do envolvimento direto dos americanos na política brasileira.

Outra frente de propaganda ficava por conta do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) e do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), dois órgãos brasileiros que contavam com financiamento dos Estados Unidos. Ambos produziam conteúdo para rádio, televisão, cinema e jornais pregando o anticomunismo e a oposição a Goulart, frequentemente misturando as duas coisas. Além das campanhas amplas, o plano americano também contemplava ações focadas em público diferenciado e formador de opinião: os militares brasileiros. Gastaram atuais US$ 60 mil em livros para os oficiais, e só em 1963 organizaram 1.706 exibições de filmes "progressistas" em quartéis, bases, escolas e navios.

Não bastasse a campanha de desestabilização interna, havia também boicote externo. Tanto Kennedy quanto Lyndon Johnson, seu sucessor, congelaram os empréstimos que Jango havia acertado com instituições internacionais. Com muito capital investido no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial, os EUA podiam decidir quais propostas seriam aprovadas ou não. Como o embaixador Gordon garantia que Goulart vivia sob influência do comunismo e o dinheiro iria para a guerrilha, o pedido era negado. (Gordon não escondia sua antipatia pelo presidente brasileiro. Em agosto de 1963, pôs num telegrama: "é quase certo que Goulart fará de tudo para instituir alguma forma de regime autoritário". Mais adiante, torce contra sua saúde: "Se Deus é realmente brasileiro, o problema cardíaco de Goulart, de 1962, brevemente se tornará agudo".)

Menos de um mês depois do golpe, os americanos aprovaram o envio de US$ 1 bilhão para o presidente Castello Branco, o que motivou o Banco Mundial e o FMI a também liberar recursos. Era como se já estivesse tudo acertado. Bom: alguma coisa já estava.

O QUE TODO MUNDO FAZ

Um mês e meio antes de ser assassinado em Dallas, Kennedy chamou Lincoln Gordon ao Salão Oval e apertou o botão mais uma vez. O áudio desse encontro foi postado no site da Biblioteca Kennedy e descoberto por Elio Gaspari - parte dele estará na nova edição de A Ditadura Envergonhada. Em 7 de outubro de 1963, o presidente americano quis saber do embaixador o que fazer com seu colega brasileiro. Gordon respondeu que havia dois cenários: Jango podia abandonar o discurso esquerdista e resolver a coisa de modo pacífico. "Ou não tão pacífico: ele pode ser tirado involuntariamente." Gordon buscou instruções: "Vamos suspender relações diplomáticas, econômicas, ajuda, todas essas coisas? Ou vamos encontrar uma maneira de fazer o que todo mundo faz?" Kennedy pega a bola e mais adiante devolve: "Acha aconselhável que façamos uma intervenção militar?" Pense naqueles 26 golpes com selo CIA de qualidade.

Gordon desaconselhou uma ação imediata. A não ser que Jango se aproximasse de "velhos amigos" como Brizola. Ficou por isso mesmo. Kennedy morreu e a bola passou para seu sucessor, Lyndon Johnson.

Atolado com a Guerra do Vietnã, Johnson repassou a bola para Thomas C. Mann, novo coordenador da Aliança para o Progresso. E bota coordenador nisso: em 18 de março de 1964 se reuniu com todas as autoridades envolvidas com a América Latina. Desse encontro saiu a Doutrina Mann: os Estados Unidos reconheceriam o governo de qualquer aliado, mesmo sob regime autoritário, contanto que continuasse anticomunista. A definição a poucos dias do golpe era um sinal claro para militares golpistas agirem com segurança, escreveu o New York Times no dia seguinte. Mann, em vez de desmentir, declarou: cada caso era um caso.

No caso do Brasil, havia a Operação Brother Sam. Não, não é paranoia: é história, comprovada por múltiplas fontes. Caso os golpistas precisassem de uma força, os Estados Unidos tinham mobilizado um porta-aviões, um porta-helicópteros, tropas de paraquedistas, seis contratorpedeiros com cerca de 100 toneladas de armas e os quatro navios-petroleiros - havia receio que faltasse gasolina para os revolucionários. A operação foi planejada com apoio de brasileiros: o general José Pereira de Ulhoa Cintra, homem de confiança de Castello Branco, seria o responsável por avisar Walters caso necessitasse de ajuda.

O estopim do golpe, no entanto, não veio de Washington, mas do centro do Rio de Janeiro. É lá que fica o Automóvel Clube, onde em 30 de março um Jango em chamas disse a militares aliados que "o golpe que nós desejamos é o golpe das reformas de base, tão necessárias ao nosso país". Para Jango, as "reformas de base" eram uma bandeira; para a oposição, a aurora do Brasil Soviético. Na mesma noite, chegou a Washington um telegrama afirmando que o golpe aconteceria dentro das próximas 48 horas, partindo de São Paulo ou de Minas Gerais. Foi de Minas: na manhã seguinte, o general Olympio Mourão Filho saiu de Juiz de Fora, dando início ao movimento que derrubaria o presidente. (A linha do tempo que começa na pág. 36 conta o golpe passo a passo.)

Só no dia seguinte Jango voou do Rio para Brasília, onde foi informado que o movimento de Minas podia ter conhecimento e o apoio dos EUA. Para muitos, esse alerta explica a falta de resistência de Jango e sua fuga para o Uruguai: ele não quis enfrentar os americanos. Americanos que nem vieram: em 1º de abril, Castello Branco avisou Gordon que as embarcações da Operação Brother Sam, que vinham do Caribe, podiam dar meia volta.

O deputado Rainieri Mazzilli assumiu a presidência interinamente. Mas quem seria o presidente militar? Costa e Silva, ligado à linha dura, quis impor seu nome. Ficou para 1967. Em 1964, deu Castello Branco - para Green, graças à influência americana. Castello tomou posse em 11 de abril, prometendo "entregar, ao iniciar-se o ano de 1966, ao meu sucessor legitimamente eleito pelo povo em eleições livres, uma nação coesa".
Durante os 21 anos de ditadura, Lincoln Gordon a defendeu. Ignorava a censura, a tortura e celebrava o Milagre Brasileiro. Defendeu até o fim que em 1964 o Brasil estava à beira de uma revolução comunista. Nunca se soube por que foi tão fácil para os militares tomar o poder. E talvez nunca se saiba: até hoje não encontraram um gravador no porão do Kremlin.



quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Alguém já viu isto acontecer numa MARCHA PRA JESUS ou numa MANIFESTAÇÃO CRISTÃ? O mundo jaz no MALIGNO!

27/08/2014 18h03 - Atualizado em 27/08/2014 18h08

Mulher reage ao ser apalpada e leva soco em festa de rua em Londres

Ela relatou agressão no carnaval de Notting Hill em rede social.
'Uma mulher deveria poder sair de casa sem medo', lamentou.

Do G1, em São Paulo
Mary Brandon postou foto em que aparece com o rosto machucado, após agressão que diz ter sofrido no carnaval de Notting Hill (Foto: Reprodução/Facebook/Maria del Mar)Mary Brandon postou foto em que aparece com o rosto machucado, após agressão que diz ter sofrido no carnaval de Notting Hill (Foto: Reprodução/Facebook/Maria del Mar)
Uma foto de uma mulher de olho inchado, marcas de sangue, curativo no nariz e vestígios de maquiagem festiva tem circulado em redes sociais. A imagem foi feita depois da agressão que uma foliã do carnaval de rua de Notting Hill, em Londres, diz ter sofrido.
Em sua conta no Facebook, a moça, identificada pela imprensa local como Mary Brandon, publicou nesta terça-feira (26) a imagem e um texto em que explica o incidente.
“Ontem no carnaval de Notting Hill um homem no meio da multidão agarrou o meu traseiro. Quando eu disse a ele para não fazer (aquilo), ele fez de novo. Eu o empurrei, exercendo o meu direito de dizer a um homem para parar de tocar o meu corpo sem a minha permissão, então ele me deu um soco no rosto”, conta.

Mary afirma que recebeu ajuda de funcionários que trabalhavam no local e chamaram assistência médica. Ela diz que ficou nove horas recebendo ajuda médica depois da agressão que afirma ter recebido.

“O carnaval deveria ser uma festa comunitária e de boas energias”, lamenta. “Uma mulher deveria poder sair de casa sem medo de ser agredida sexualmente. E deveria conseguir se defender sem ter que parar no hospital”.

Ao final do texto, Mary diz: “Eu levaria outro soco desse perdedor ou de qualquer outro perdedor que pensa que é OK tratar uma mulher dessa maneira”.

Desde que foi postada, a foto teve 7.479 compartilhamentos no Facebook. Segundo o jornal "London Evening Sandard", a polícia abriu uma investigação para apurar o caso. Ainda de acordo com o periódico, mais de 250 pessoas foram presas no carnaval deste ano.